Agricultor do Pólo fala sobre produção agroecológica e abastecimento de mercados regionais

Produzir agricultura agroecológica já é uma realidade na vida das famílias agricultoras de diversos municípios do Pólo Sindical e das Organizações da Agricultura Familiar da Borborema que produzem para alimentar a família e abastecer feiras agroecológicas e programas governamentais a exemplo do PAA da CONAB e o PNAE, Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Domingo Rural do último domingo(11/12) entrevistou o agricultor Inácio Luna de Oliveira, Inácio das verduras(foto) residente na comunidade Ribeiro de Alagoa Nova, Brejo paraibano falando sobre o sistema integrado de produção do decorrer deste ano, sobre as ações das entidades do Pólo na organização das famílias e sobre a importância dos programas de compras do governo e ao mesmo tempo sobre a importância da produção agrícola agroecológicas no abastecimento de programas governamentais. “Esse ano de 2011 foi muito formidável, ele trouxe pra gente muitas experiências e que nós estamos desenvolvendo passo a passo, estamos descobrindo o verdadeiro caminho e o agricultor está muito bem aceito nas feiras com sua produção, lá no campo nós estamos muito acompanhado pelas nossas organizações e eu como agricultor quero dizer a você radialista que estou muito feliz de estar neste trabalho como agricultor experimentador, que já tem uma vasta experiência, mas ainda somando com os outros companheiros”, explica Luna ao dialogar com os ouvintes 590 kHz e emissoras parceiras.

Ele explicou que, no passado trabalhou com o uso de produtos venenos na agricultura, gerando muitas doenças na família e no solo e que com a assessoria das entidades parceiras da agricultura familiar começou um trabalho de recuperação do solo e atualmente consegue ter uma produção agrícola com produtividade capaz de alimentar a família e abastecer importantes programas governamentais com ampla linha de frutas e verduras. “A meu amigo, eu estou acobertado pela natureza, eu quando usava o convencional há dez, doze anos trás o meu sítio era cheio de praga, mas hoje eu sou acobertado pela natureza, pelos pássaros que combatem as pragas do meu sítio, as lagartas, as formigas, e eu só tenho a dizer a você: que vai fazer uma vista em meu sítio vê uma horta de mais ou menos um hectare e meio de verduras sem nenhuma praga. E nas laranjas veio técnicos em 2010 pra nós usar veneno pra Mosca Negra e Inácio foi o primeiro que disse que não usava e hoje eu sou bem acobertado, vivo em minhas produções sem precisar usar nada de veneno”, ilustra o agricultor dizendo que as feiras agroecológicas de campina Grande, Esperança, Alagoa Nova dentre outras terão produtos de qualidade durante todo esse período de festas.

Inácio Luna garante que a família sofreu diversas intoxicações e conseqüências em razão do uso dos venenos o que fez com que a família entendesse que a hora era de mudanças e fizesse uma correção de rumos. “Eu fui um homem que fui prejudicado na saúde e no meio ambiente e em uso de convencional fui monitor da Emater de 1978 a 81 e lá era o pacote, não era culpa deles, era culpa do governamental”, explica dizendo que a família é quem começa a sofrer os primeiros danos do uso dos venenos na agricultura. “Meu amigo, os consumidores estão descobrindo os nossos valores, eu faço a feira de Alagoa Nova onde sou um dos fundadores, sou da feira de Esperança e capina Grande”.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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