Agricultores da ASA trabalham pesquisa participativa de variedades de milho

Cerca de setenta agricultores e agricultoras da ASA Paraíba, Articulação do Semiárido Paraibano, estiveram participando de mais um encontro para discutir variedades de milho que mais se adaptem ás condições de clima e solo de cada microrregião do Estado da Paraíba em evento que aconteceu na última sexta-feira(23/10) no Assentamento Santa Paula, no município de Casserengue, Curimataú paraibano.

Participaram agricultores e agricultoras do Médio Sertão, Curimataú, Agreste, Brejo, Caririri e Seridó paraibano que, junto aos pesquisadores da Embrapa Algodão e Embrapa Tabuleiros Costeiros, avaliaram as variedades de milho Jabatão Sabugo fino(Cubati), Branco(Soledade), Índio(Juazeirinho), Jabatão(Massaranduba), Sabugo fino(Remígio), Jabatão(Solânea), Pernambuco(Solânea), Amarelo(Queimadas), Branco(Queimadas), Vermelho(Queimadas), Catingueiro(Embrapa) e Jabatão(Lagoa de Roça).

No trabalho de avaliação agricultores e pesquisadores observaram detalhadamente cada variedade com pontos que vão de altura de cada variedade, diâmetro, peso de espiga com palha, alinhamento dos grãos, enchimento das espigas, cor dos Grãos dentre outros.

“É muito importante esse encontro, a gente vê a experiência do milho aqui para que cada vez mais a gente aprenda porque pra gente que luta com bancos de sementes é sempre bom a gente participar das coisas”, argumenta Luiz Matilde de Sousa, residente na Comunidade Santa Cruz de São Vicente do Seridó. Ao dialogar com Stúdio Rural ele disse que trabalha com cerca de quatro variedades e gostou de conhecer os resultados de produção alcançados por outras sementes já utilizadas por outras famílias em outras microrregiões do Estado da Paraíba. “Lá a gente trabalha com milho sabugo fino, trabalha com jabatão, trabalha com o milho roxo que é um milho muito bom, ele é ligeiro e ele não é grande, ele é médio, mas é um milho muito bom”.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Casserengue, Maria Celina, disse que o evento foi de fundamental importância já que as famílias agricultoras e pesquisadores puderam perceber o potencial de cada variedade desde a produção de palha para o rebanho até a quantidades de milho dentre outras qualidades observadas. “Acho que as famílias e as comunidades têm só a ganhar porque você vai buscando variedades de sementes e a família fica abastecida com qualidades na hora de plantar”.

O pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Amaury Santos, disse que foi um trabalho que superou expectativas já que os participantes trabalharam com observação crítica na busca de encontrar referência nas culturas trabalhadas num processo previamente sistematizado. “A pesquisa foi importante para o agricultor conhecer melhor seus materiais, saber quais os que são mais adaptados as suas condições e ao seu sistema de plantio e não necessariamente aquela que o governo diga que é a melhor”.

O trabalho é um projeto da Embrapa Tabuleiros Costeiros em parceria com a ASA e terá continuidade no próximo ano em diversas áreas de microrregiões do Estado da Paraíba para que ao final possa se identificar como cada variedade reage nas condições de cada microrregião do Estado.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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