Stúdio Rural participa de inauguração de Projeto Água Doce no município de Amparo

Foi inaugurado a 1ª Unidade Demonstrativa do Programa Água Doce no Assentamento Fazenda Mata no município de Ampara, projeto que o Stúdio Rural vem acompanhando e que tem financiamento do Ministério do Meio Ambiente, Fundação Banco do Brasil e governo da Paraíba dentre outras parceiras.

O projeto envolve 29 famílias e teve sua inauguração nesta quinta-feira (22), contando com a participação da Embrapa Algodão Campina Grande, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Emater, Emepa, entidades de agricultores, Embrapa Transferência de Tecnologias, escritório de Campina Grande, Programa Luz Para Todos dentre outras representações.

Para o secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e da Ciência e Tecnologia, Francisco Jácome Sarmento, aquela unidade demonstrativa representa projeto de desenvolvimento local, fomenta a produção enquanto instrumento de fixação das famílias camponesas ao campo já que permite acesso a água de qualidade, produção de alimento para a família para as famílias e ao mesmo tempo aos animais.

A representante do Programa Luz para Todos, Kátia Silva dos Santos falou sobre a importância do Projeto Água Doce e sobre a importância de programas integrados que podem ser desenvolvidos naquela comunidade exemplificando o Luz Para Todos que proporcionou energia capaz de movimentar o projeto em funcionamento. “Nada disso teria acontecido se não fosse o Luz Para Todos”, relata Kátia, acrescentando que o Programa da Luz já ultrapassa 85% em todo o Estado da Paraíba, porém reconhece que tem pessoas voltando para a atividade camponesa o que faz com que se intensifique as atividades na busca de atingir a meta preestabelecida.

Ao dialogar com Stúdio Rural o delegado do MDA na Paraíba, Marenilson Batista da Silva, falou sobre a importância do projeto em execução naquela unidade produtiva e chamou a atenção para a importância da comunidade participar das discussões territoriais na busca de novas alternativas estruturantes para a propriedade produtiva. “Esse Projeto Água Doce vem exatamente atender a uma população, no caso específico aqui a população do Programa Crédito Fundiário, e nós acreditamos que para haver sustentabilidade é preciso que mais programas venham, a exemplo do programa de infra-estrutura do Pronaf, que tenhamos ação participativa no Programa de Aquisição de Alimentos, e principalmente que haja um processo de capacitação para que essa comunidade tenha sustentabilidade em todos os investimentos que sejam feitos”, relata Marenilson.

O vice-presidente da Associação dos Agricultores da Fazenda Mata e vereador naquele município, Antônio Silva Araújo, Toinho do PT, falou aos ouvintes sobre a importância do programa na vida da comunidade, lamentando mais empenho por parte do executivo municipal por não ter feito com que os estudantes da rede pública municipal de ensino tivessem acesso ao empreendimento no sentido de ver as novas tecnologias aplicadas como alternativa em um setor produtivo naquela municipalidade.

O coordenador estadual do programa na Paraíba, Isnaldo Cândido, disse que se trata de um importante programa que requer empenho por parte da comunidade em fazer com que a experiência tenha continuidade como instrumento gerador de trabalho e renda na comunidade.

Lenildo Dias de Morais é gerente da Embrapa Transferência de tecnologias, escritório de Campina Grande, e disse que a Embrapa tem papel importante a exercer neste e em outros projetos sustentáveis na região. “A Embrapa Transferência de Tecnologias tem exatamente esse papel de articular ações de transferência de tecnologias para o benefício da sociedade, então nós estamos aqui no Assentamento Mata onde a gente está dialogando com a comunidade pra que a gente participe junto com as outras unidades da Embrapa para que a vitrine tecnológica seja implantada aqui, a comunidade tem interesse da revitalização do algodão arbóreo, nosso algodão mocó já trabalhado na região, para que a gente possa estar implantando uma unidade demonstrativa de integração lavoura pecuária, usando a caprinocultura e a ovinocultura juntamente em consórcio com o milho e feijão e também o algodão na forma de suplementação alimentar para o gado e também perspectiva de ter uma renda mais para a comunidade”, explica Dias de Morais.

O sistema de beneficiamento da água tem como referência abastecer as comunidades locais com água de qualidade num processo que se inicia com o poço tubular profundo que após captar a água é direcionada para um reservatório de água bruta que transporta para o dessalinizador que retira o excesso de sais e já transfere para um reservatório de água potável onde tem um chafariz de acesso ás comunidades. Em seguida o rejeito da água é utilizado para criação de peixes através de tanques especiais e o excedente da água salgada fertilizada é utilizada para o plantio da Atriplex(Erva-Sal) que é utilizada na alimentação de caprinos e ovinos das famílias agricultoras.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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