Agricultura agroecológica da região Cariri faz balanço 2014 e planeja ações 2015

Entidades e famílias agricultoras da região do Coletivo Regional do Cariri, Seridó, Curimataú se reuniram durante os 18 e 19 de dezembro, em Campina Grande, para fazer um balanço das ações estruturadoras da agricultura agroecológica no ano de 2014 e ao mesmo tempo planejar ações a serem desenvolvidas no ano de 2015.

Assessorados pela ONG Patac e entidades dos municípios daquelas microrregiões, os cerca de 100 componentes colocaram em pauta os novos tempos de vantagens e facilidades em consequência dos diversos investimentos empreendidos nas unidades rurais oriundos de órgãos como Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome(MDS) dentre outras parceiras e que vêm fortalecendo ações como trabalho com juventude e agroecologia; práticas e políticas locais com sementes da paixão; cerca vivas com plantas nativas e adaptadas ao alimento do rebanho; práticas e ações com beneficiamento e estocagem de ensilagem; trabalho com fundos rotativos solidários diversos; campos de multiplicação de sementes; adoção de tecnologias sócias de beneficiamento de frutas; políticas permanentes de combate ao uso e conscientização do impacto dos agrotóxicos e transgênicos na vida do meio ambiente, de quem produz na agricultura e do consumidor dentre outras ações que vêm mudando pra melhor a qualidade de vida das famílias e consumidores daquela região.

O tema foi trabalhado no Programa Domingo Rural do domingo 21 de dezembro a partir de entrevista com o agricultor Luiz Matilde de Sousa, residente na comunidade Santa Cruz de São Vicente do Seridó; diálogo direto com a agricultora Rosimare Alves da Silva, residente na Comunidade Canoa de Dentro, município de Pedra Lavrada; e entrevista com o jovem componente daquele coletivo, Aléx Barbosa dos Santos, residente na Comunidade São Félix, município de Santo André.

Em ampla entrevista, Aléx Barbosa argumentou que 2014 foi um ano de muitas realizações citando como exemplo a VI Festa das Sementes da Paixão que aconteceu no município de Santo André e que contou com mais 700 pessoas presentes, avanços no trabalho com estocagem da água, da forragem, no trabalho simplificado de água dentre outras campanhas continuadas que estarão vivas no próximo ano. “Essa luta vai continuar no próximo ano. São muitos os avanços, mas também quando a gente avança, quando a gente cresce também tem muitos desafios que vão se colocando para a agricultura familiar desse território e nós estamos prontos a enfrentar, o Coletivo juntamente com o Patac, e no Território do Cariri, Seridó e Curimataú vamos fazer esse enfrentamento e vamos continuar lutando junto com as famílias camponesas por uma agricultura cada vez melhor e mais saudável”, arremata Aléx ao dialogar com o público ouvinte da Rádio Serrana de Araruna, Rádio Bonsucesso de Pombal e Rádio Queimadas FM.

Dialogando com nossa equipe Stúdio Rural, o agricultor Luiz Matilde de Sousa disse ter sido um espaço de muito aprendizado, especialmente por fazer ver a diferente da realidade vivida pelas famílias em anos recentes passados quando comparado com a realidade vivida na atualidade pelas comunidades e famílias acompanhadas nos diversos municípios daquele Coletivo. Ele garante que as entidades da sociedade civil vêm fazendo excelente trabalho na gestão do dinheiro público no processo do gasto e investimento desses recursos junto as famílias agricultoras. “Tenho muito respeito pelo Patac, porque o Patac executa um trabalho muito honesto, de honestidade e com muito respeito aos agricultores e eu acho que o Patac está de parabéns com esse trabalho que executa, porque antes do Patac chegar no nosso município a coisa era mais difícil e hoje a gente já tem mais experiência, já clareou muito mais na vida da gente”, relata acrescentando que é exemplo a ser seguido por outros órgãos que lidam com dinheiro público. “Se todo dinheiro do povo fosse executado do jeito que o Patac executa, o nosso país era outra coisa”.

Já a agricultora Rosimare Alves disse fazer um balanço de ter sido um evento importante já que vem complementar a visão crítica do agricultor e agricultora de como lhe dar com o mercado consciente além de lhe dar com as novas mídias que no entender do movimento funciona por força do capital, deixando de fora a solidariedade e as formas de produção que pensem a vida antes de pensar o acúmulo de capital e garante que essas práticas solidárias fizeram com que as famílias e comunidades melhorassem sua qualidade de vida. “Melhorou bastante, mas a gente precisa avançar ainda mais, se a gente chegou até aqui a gente sabe que tem a nossa dedicação, o nosso esforço, mas é interessante que a gente busque mais pessoas pra dar continuidade, principalmente nos nossos municípios, reforçar as nossas comissões municipais e acho que devemos ocupar os espaços de comunicação como já foi falado agora na parte da manhã nesse evento sobre a questão da comunicação, é envolver a comunicação, devemos saber ocupar essa comunicação, nas igrejas seja ela qual for se na católica ou na evangélica, está discutindo nos municípios, levar essa discussão para o fórum e esse é o caminho que é uma coisa que vai partir da base” dialoga a agricultora com o público ouvinte 590 kHz, 1180 kHz e 87.9 MHZ.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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