Chefe da Embrapa toma posse em solenidade realizada em Campina Grande

O novo chefe da Embrapa Algodão, Napoleão Beltrão, tomou posse oficialmente no último dia 04 de abril(sexta-feira), em evento que aconteceu às 17 horas tendo como local o auditório da FIEP, Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, em Campina Grande. Do evento participaram representantes de entidades da Embrapa de diversos estados brasileiros, Instituto Agronômico de Pernambuco, Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário na Paraíba, Emepa, Emparn, empregados da Embrapa Algodão, Delegacia Federal da Agricultura, deputados, Prefeitura Municipal de Campina Grande, dentre outras instituições. Inicialmente autoridades foram chamadas a compor a mesa, fizeram discursos, e em seguida foi servido um coquetel associado á música ao vivo para os presentes.

Napoleão Beltrão concorreu à direção da Embrapa com o pesquisador aposentado daquela instituição, Euleusio Curvelo Freire, num trabalho de seleção próprio da instituição e foi anunciado chefe pela direção nacional no final do mês de fevereiro.

Stúdio Rural compareceu ao local e conversou com o diretor executivo da Embrapa Transferência de Tecnologias, José Geraldo Eugênio de França, que veio de Brasília participar de um encontro de chefes e pesquisadores objetivando discutir um projeto de produção de algodão irrigado e ao mesmo tempo participar da posse da chefia da unidade Campina Grande quando falou para os ouvintes do Programa Domingo Rural sobre a expectativa que se tem em torno da nova chefia da Embrapa Campina Grande. “Nós estamos vivendo um bom momento, primeiro porque a vinda de tantos chefes das unidades demonstra a fraternidade que existe hoje dentro da Embrapa, é bom a instituição trabalhar sabendo que conta um com os outros, temos plena confiança no trabalho do doutor Napoleão, é um homem que tem demonstrado ao longo de toda a vida extrema dedicação, competência, e o que a gente espera de doutor Napoleão é que ele saiba unir esses atributos tão positivos ao convívio e relacionamento de forma que a cada dia todos se sintam mais próximos uns dos outros e nós queremos que as unidades sejam as melhores possíveis”, argumenta.

Quem também veio ao evento e falou com a equipe Stúdio Rural foi o chefe da Embrapa Semi-árido, Petrolina-PE, Pedro Gama, dizendo acreditar que o novo chefe já deu prova de sua competência a frente daquela unidade já que é a segunda vez que assume o cargo e na primeira conseguiu desempenhar um trabalho de pesquisa voltado para os segmentos diversos da agricultura e interesse daquela unidade relacionado as diversas unidades espalhadas por todo o Brasil. “A Embrapa Algodão está entregue em boas mãos, profundo conhecedor da região, profundo conhecedor da cultura não só da região mas do Brasil e do mundo, creio que é uma das pessoas que mais conhece sobre as coisas pesquisadas pela unidade e já tem uma experiência também de gestão e nós da Semi-árido vislumbramos com a possibilidade de ampliação com parcerias institucional porque essa é a orientação da própria Embrapa”, justifica Gama.

Outro entrevistado, pesquisador e chefe da Embrapa Meio Norte com sede em Teresina-PI, Valdemício Ferreira de Sousa, disse acreditar que o novo chefe criará condições para ampliar a extensão das culturas desenvolvidas pela Embrapa por todo o Brasil.

Representando o governo do Estado da Paraíba, o secretário de agricultura da Paraíba, Francisco de Assis Quintans, falou para os ouvintes Domingo Rural sobre o papel a ser desempenhado pelo novo chefe que tem dado grande contribuição para com a pesquisa usando como exemplo o fato de ter lançado mais de mil publicações em torno de culturas para o desenvolvimento do país. “Eu tenho uma esperança firme como secretário, como deputado, como brasileiro e como representante do governo Cássio, de que vai ter uma aproximação muito forte, firme entre o governo do estado e a Embrapa, não vai sofrer solução de continuidade e a finalidade de nós fortalecermos o segmento que é aquele que faz agricultura familiar”, argumenta o secretário.

Marenilson Batista da Silva é delegado federal do desenvolvimento agrário no estado da Paraíba e ao falar com os ouvintes da Rádio Serrana de Araruna-PB AM 590 kHz, Rádio Cultura de São José do Egito-PE AM 1.320 kHz e Rádio Independente FM 107,7 MHZ de Serra Branca-PB, disse acreditar no potencial do novo chefe em criar condições de amplo desenvolvimento para os segmentos da agricultura familiar e do agronegócios por serem componentes de desenvolvimento para o país. “A pesquisa tem essa característica de trabalhar para a agricultura de grande escala e de pequena escala como diz o professor Robério Ferreira, e nesse momento que vive a Embrapa não tem como dizer que vai trabalhar só para o grande ou só para o pequeno produtor, porque a diversidade do país garante que as pesquisas sejam feitas para os diferentes tipos de propriedades”, argumenta Batista.

O presidente da FAEPA, Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba, Mário Borba, foi um dos representantes da entidade a participar do evento e, ao contatar com os ouvintes 590 em Rede, fez um balanço das expectativas em torno da chefia de Napoleão Beltrão, afirmando que a Embrapa representa uma empresa de pesquisa de referência internacional e que o produtor brasileiro deve muito a empresa, citando como exemplo a região do Cerrado com a produção da soja, fazendo com que o Brasil coloque-se na condição de maior produtor da cultura dentre outras.

Ao contar com a equipe Stúdio Rural, Napoleão garante que a agricultura familiar deverá continuar a ser bem contemplada, no tocante as pesquisas feitas diretamente nas fazendas de produtores e uso de Unidades de Testes e Demonstração (UTDs), com projetos de escolas no campo, para ajudar os agricultores a aprender fazendo e que no trabalho a ser desenvolvido por ele a Embrapa trabalhará em sintonia com as unidades de todo o Brasil e as unidades de cooperação internacional. “A Embrapa do futuro é em rede, o mundo daqui a dez anos é rede e o processo convencional acabou-se, é competência é meritória e nós estamos lançando esforços para trabalhar uma agricultura irrigada, principalmente algodão. O Nordeste tem aproximadamente 4 milhões de hectares para irrigar, Petrolina é um sucesso com 120 mil hectares e cresce igual a qualquer lugar do mundo, Barreiras na Bahia por causa da irrigação cresce mais do que na Xangai na China que passou todas as economias e vai passar os Estados Unidos”, compara Beltrão exemplificando que ao contrário o Brasil a China tem metade dos solos desertos e ou em desertificação, exigindo dos segmentos brasileiros maior empenho para com o potencial da produção nacional e a pesquisa apresentar alternativas apropriadas ao desenvolvimento.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
Foto : Raiza Tavares

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