Delegado do MDA visita fábrica de castanha em Serra Branca e fala sobre programas do governo

Uma visita para verificar o bom funcionamento e as necessidades em novas ações para o bom desempenho da fábrica de beneficiamento da castanha de caju da comunidade Duas Serras no município de Serra Branca, no Cariri paraibano, foi a meta atingida pelo delegado federal do MDA na Paraíba, Marenilson Batista da Silva(foto), que na semana passada dialogou com associados e empreendedores no ramo da cajucultura e apicultura.

Durante a estada naquele empreendimento que fica á 26 quilômetros de Serra Branca, Batista ouviu as colocações feitas pelos empreendedores rurais que estão funcionando graças a um projeto de financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário através de entidades parceiras atuantes naquela localidade. “A vinda é pra conhecer mais um empreendimento do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que acontece aqui em Duas Serras, esse empreendimento da castanha e também com relação ao mel faz parte de um trabalho do Ministério através do Projeto Dom Helder Camara e suas parceiras, no caso aqui nós trabalhamos com a Coopagel e conhecendo esse empreendimento nós temos como poder contribuir pra que esse empreendimento possa cada dia mais atender as necessidades da população”, justifica Batista, evidenciando que quando o governo e a sociedade organizada assumem as responsabilidades em torno dos projetos sustentáveis logo surge as ações de desenvolvimento.

Ele disse que antes os projetos não eram discutidos com a comunidade, eram vindos de cima pra baixo fazendo com que os empreendimentos não tivessem sucessos. “O que mais me chamou a atenção foi a vontade que eles têm de melhorar, isso é extremamente positivo ver a comunidade querendo fazer e melhorar de vida e aí abraçar com unhas e dentes a oportunidade que está sendo dada pelo governo federal, isso é uma coisa que a gente fica extremamente feliz quando os agricultores e agricultoras assumem o comando dos projetos e assim a gente acredita que esse projeto tem tudo pra dar certo como já está dando”, relata Batista ao dialogar com Stúdio Rural.

Ao ser informado sobre as limitações financeiras por parte dos associados para a compra de castanha na geração de estoques, Batista sugeriu procurar as entidades parceiras nas capacitações e, juntos planejarem e procurarem o Banco do Nordeste que tem recursos próprios para esses empreendimentos rurais e ao mesmo tempo sugeriu a realização de um amplo seminário que possa colocar frente a frente as entidades e agentes para falarem das alternativas nos programas de governos que possam fortalecer aquele empreendimento gerador de emprego e renda naquela comunidade e comunidades adjacentes. “É importante que possamos fazer alguns ajustes, como aqui pude falar sobre a questão da formação de estoques é um programa bom com juro relativamente baixo, mas tem um implicante que é a questão da nota fiscal que em nosso Estado nós temos 17% sobre o produto que inviabiliza esse tipo de formação, quer dizer que mais uma atividade nossa é buscar junto ao governo do Estado que haja essa isenção de imposto sobre o produto da agricultura familiar, que não dá para o agricultor produzindo no nosso semi-árido aqui no Cariri paraibano e pagar 17% de ICMS, ou seja, inviabiliza qualquer produto da agricultura familiar”, defendeu a liderança do governo federal após ouvir as lamentações dos agricultores nesse aspecto da economia.

O presidente da Associação dos Agricultores de Duas Serras, Evanildo Oliveira de Araújo, falou sobre os avanços conquistados, afirmando que dois fatores são de muita importância para o crescimento econômico naquela comunidade: ter bastante castanha e ter um mercado de ampla aceitação da castanha produzida e beneficiada, mas ao mesmo tempo disse que as cobranças de impostos e os poucos recursos financeiros constituem-se em fatores de limitação e perigos ao bom desenvolvimento do empreendimento recém iniciado.

Ao contatar com Stúdio Rural Evanildo disse que a falta de recursos para a compra da castanha produzida tem feito com que muitos produtores continuem vendendo por preços mais baixos aos atravessadores, lamentando que a falta de recursos financeiros faça com que a entidade beneficie o produto em apenas poucos meses do ano, deixando de ofertar mais oportunidade de trabalho na comunidade e mais produto beneficiado ao mercado consumidor. “A gente já tem R$ 22 mil reais disponíveis na compra da castanha, já estamos ultrapassando estoque de 30 mil quilos e nós não temos é o dinheiro pra comprar o produto, principalmente o produto dos próprios agricultores daqui de dentro”, lamenta a liderança social, dizendo que seria necessário um investimento de pelo menos R$ 100 mil reais.

Na entrevista concedida ao Stúdio Rural o delegado do desenvolvimento agrário, Marenilson Batista, disse que essas visitas serão intensificadas em todos os empreendimentos governamentais desenvolvidos nas microrregiões paraibanas já que no entender daquela autoridade, esses contatos permitem ouvir as famílias agricultores e ter idéias mais claras a cerca dos rumos dos programas governamentais para esses segmentos.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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