Embrapa e prefeituras do Médio Piranhas discutem projeto de produção de algodão

Representações de prefeituras e entidades diversas do Médio Sertão paraibano realizaram uma reunião no último dia 04 de setembro para discutir um projeto de produção de algodão, numa ação que envolve a Embrapa Algodão e Embrapa Transferência de Tecnologia. O encontro envolveu gestores públicos e representações diversas que têm na cultura do algodão uma alternativa de trabalho e renda para famílias agricultoras de 15 municípios componentes do consórcio do Médio Piranhas.

Stúdio Rural participou do evento que aconteceu no Sebrae daquela cidade e conversou com a prefeita da cidade de Pombal, Poliana Feitosa; prefeito da cidade de Brejo do Cruz e presidente do consórcio do Médio Piranhas, Francisco Dutra Sobrinho, Barão; gerente da Embrapa Transferência de Tecnologia, escritório de Campina Grande, Lenildo Dias de Morais e o representante da Embrapa Algodão, Heleno Alves de Freitas que explicaram sobre o projeto em curso que tem financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

“Como presidente do Consórcio do Médio Piranhas, nós estamos preocupados com a questão da agricultura que o homem do campo dos nossos municípios está deixando o campo e vindo tudo pra cidade e isso não é bom, a gente não tem indústria pra colocar esse pessoal, não temos casas já que 90% não tem condições, e vendo esse projeto do algodão colorido que está vindo através da Embrapa e como nosso consumo aqui na região é muito grande na questão do fio”, explica o prefeito de Brejo do Cruz, Francisco Dutra Sobrinho, Barão, acrescentando que a região já chegou consumir cerca de três milhões de quilos de fio por mês e que mesmo com a queda da produção a região continua produzindo redes e tecidos diversos com alta demanda pelo algodão.

“A gente fica extremante feliz em dar sustentabilidade ao homem do campo, em dar condições de vida a ele pra que ele possa viver com dignidade. Na verdade o que a zona rural planta a cidade janta, então se a gente não cuidar do homem do campo principalmente a agricultura familiar aquela que envolve toda a família, é o dono da casa, a dona da casa, os filhos para que eles possam também ter a sensibilidade e desenvolva em si a importância da terra porque se a gente não fizer isso que é o nosso papel como gestor, daqui a dez ou 15 aos os sítios e a zona rural vão virar verdadeiro museu”, argumenta a prefeita da cidade de Pombal, Poliana Feitosa.

Aquela prefeita falou sobre como se iniciou o trabalho na construção do projeto na busca de um trabalho camponês capaz de gerar trabalho e renda para as famílias rurais e garante que o fato do presidente Lula ser um nordestino conhecedor da realidade regional foi fator decisivo para o desempenho do trabalho. “Na verdade o presidente Lula é um companheiro de partido, eu também sou do partido dele e a gente tem essa veia social de ajudar a quem precisa, de dar igualdade de oportunidade ao homem do campo produtivo e habilidade econômica que tenha sustentabilidade social, que dê sustentabilidade social e dê realmente fixação do homem no campo trabalhando dignidade e essa amizade que a gente tem com o presidente Lula é exatamente pelas coincidências do destino. O presidente Lula também é nordestino e ele percebe as possibilidades que a gente tem, o cuidado e as vantagens que a gente tem de cuidar do homem do campo”.

Lenildo Dias de Morais é gerente da Embrapa Transferência de Tecnologias e falou da iniciativa das lideranças locais em trabalhar um projeto amplo de produção rural com valor agregado nas unidades produtivas a partir de uso de uma máquina mini descaroçadora do algodão onde após a separação do caroço da pluma o agricultor poderá ter mercado para a semente, para o óleo e para a pluma além de ter resíduos de importância para a alimentação do rebanho e informou que o projeto já será apresentado ao MDA nos próximos dias.

Já o representante da Embrapa Algodão, Heleno Alves de Freitas, disse que aquela casa de pesquisa tem o dever e o compromisso com o governo e a sociedade no sentido de revitalizar a cultura do algodão numa metodologia diferente com aplicação de conhecimentos e tecnologias apropriadas e que já estão sendo trabalhadas, com sucesso, em unidades produtivas do Cariri e Curimataú paraibano, Apodi do Rio Grande do Norte, Sertão do Ceará e Pajeú pernambucano. style=mso-spacerun: yes>  “A Embrapa junto com as parceiras: a ADEC, a Arribaçã, Projeto Dom Helder Camara, e as políticas territoriais do governo federal já temos experiências suficientes e pessoas capacitadas para trazer essas experiências como também agricultores experimentadores que já produzem algodão há muito tempo de forma agroecológica, vamos trazer todas essas experiências, mostrar primeiro aos gestores que são os prefeitos e seus secretários e mais presidentes de sindicatos, de associações onde nós temos que sensibilizar os gestores nessa nova realidade de produção de algodão para o Médio Piranhas e trazer toda reserva de conhecimento e experiência que a Embrapa já tem junto com todos os parceiros para que isso venha sensibilizar a todos e servir de um parâmetro forte para que com essa sensibilidade os gestores possam dar credibilidade e acreditar, afirma Freitas ao fazer referência ao modelo de produção de algodão agroecológico desenvolvidas nas unidades produtivas dos estados evidencados”.

O projeto envolve cerca de 400 famílias agricultoras dos municípios de Pombal, Catolé do Rocha, Brejo do Cruz, São Bento, Aparecida, Jericó, Lagoa, Riacho dos Cavalos, Mato Grosso, Brejo dos Santos, Bonsucesso, Belém do Brejo do Cruz, São José do Brejo do Cruz, Paulista e Cajazeirinhas.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

Compartilhe se gostou

Deixe seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos marcados como (obrigatório) devem ser preenchidos.

Newsletter

Através da nossa newsletter você ficar informado, o informativo do estudo rural já conta com mais de 20 mil inscritos, faça parte você também.

Back to Top