Encontro discute educação contextualizada para a convivência com o Semiárido

Componentes de entidades diversas vinculadas a ASA Brasil, Articulação no Semiárido Brasileiro, promoveram mais um módulo de um curso sobre educação contextualizada para a convivência com o semiárido brasileiro, atividade acontecida na noite da última quinta-feira(07), via online, e contou com o compartilhamento da historiadora e componente da ASA, Glória Araújo Batista, que falou sobre um conjunto de experiências em tecnologias sociais trabalhadas na região e que vêm sendo intensificadas no processo de educação contextualizada.

Durante a exposição, Glória apresentou a área abrangente do semiárido com o numérico populacional, entraves e lutas de seu povo durante a história com o processo de concentração das terras, da água, e apropriação dos processos culturais motivadores das grandes lutas registradas ao longo do processo que motivaram os modelos de organização do povo do semiárido na construção de importantes tecnologias sociais e o processo de lutas e mobilizações sociais para a execução em políticas públicas de governo como o caso do Projeto Um Milhão de Cisternas, o Uma Terra e Duas Águas dentre outros. “Além do povo resistir e lutar de forma coletiva em mobilizações sociais, nós também temos um povo que é inovador, que é criativo: a cisterna é uma tecnologia social que foi inventada por um pedreiro, um pedreiro agricultor que teve que migrar por conta da ausência das políticas públicas aqui no semiárido obrigando-o a migrar para o Rio de Janeiro quando foi pra lá fazer piscinas para os ricos”, explica e enaltece se referindo ao sergipano Manoel Apolônio, Nel, tido como o primeiro nordestino a fazer cisternas no semiárido no modelo Cisternas de Placas. “E lá, fazendo piscinas como placas, ele disse que assim como estou fazendo piscinas para os ricos eu voltar pra minha terra e vou e fazer cisternas de placas, sendo uma inovação importante para que as famílias possam guardar água”, explica aquela educadora justificando ser importante trabalhar todas as memórias trabalhadas que passem a ser instrumento cultural de luta e resistência dos moradores e moradoras do semiárido brasileiro. “A ASA sempre, na sua luta, pressiona o Estado porque o Estado é quem tem obrigação de colocar recursos para as políticas públicas”, explica Araújo Batista.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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1 Comentário

  1. José Sales Pereira Sales -  10 de outubro de 2021 - 07:50

    Muito bom, valeu Tavares

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