Entidades do Pólo e UFCG identificam doença da Raiva animal e desenvolvem orientação e vacinação de combate

Uma doença provocada por um vírus que ataca o sistema nervoso dos animais domésticos, produzindo paralisia e levando o animal a morte além de poder ser transmitida ao ser humano foi identificada em propriedades rurais de agricultores familiares agroecológicos acompanhados pelas entidades do Pólo, assessorados por técnicos da AS-PTA em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande/Campus Patos através do curso de veterinária. Trata-se da Raiva animal que geralmente tem sua transmissão feita por morcegos hamatófagos aos bovinos e eqüinos e que após identificada em propriedades rurais de município de Areial, no Agreste e em Solânea, no Curimataú, passaram a ter um cuidado especial por parte das entidades parceiras que passaram a fazer um diagnóstico e um processo de vacinação preventivo.

O tema foi evidenciado pelo professor da Universidade Federal de Campina Grande, curso de veterinária em Patos, Sertão paraibano, Francisco Roselândio Botão Nogueira, Chico Nogueira(foto), que falou sobre como foi feito para se identificar o problema nas unidades rurais nos municípios e como está sendo desenvolvido pelas entidades em parceria com aquela universidade. style=mso-spacerun: yes>  “Nós tivemos dois casos na região do Pólo da Borborema, um em 2006 e o outro no ano de 2007, o do ano de 2006 foi no município de Areial onde a família identificou o animal com sintomatologia de paralisia e não sabia o que era. Nós fomos lá, o animal veio a óbito, fizemos a necropsia, mandamos o material para o laboratório em Patos e em dois dias o pessoal mandou o material pra gente positivo pra raiva e foi quando a gente fez todo um processo, mobilizou a família onde teve que ir para ambulatório tomar vacina contra a raiva porque teve contato com o animal, e a raiva é uma doença que não tem cura, até hoje não se conhece um tratamento que recupere o animal ou uma pessoa que adoecer de raiva, então é uma doença extremamente e perigosa e ao ser diagnosticada é que nós rapidamente mobilizamos a família pra ir tomar a vacina e em seguida montamos um plano de formação pra orientar os agricultores sobre os riscos da doença e como fazer pra prevenir”, explica aquele profissional dizendo que a partir daí o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Areial começou a desenvolver um trabalho de vacinação contra a raiva dos animais dos associados de todo aquele município.

Ao dialogar com Stúdio Rural, Nogueira informou que o mesmo acontecimento aconteceu na Comunidade Salgado de Sousa, em Solânea, na propriedade do agricultor familiar style=mso-bidi-font-size: 10.0pt>Luiz Pereira de Sousa, onde três animais chegaram a morrer vítima da doença o que fez com que as entidades do Pólo e UFCG fizessem o diagnóstico positivo e logo iniciaram o trabalho com as medidas necessárias. “Em Solânea foi pior porque o agricultor teve contato, expões diretamente com a saliva do animal, então foi uma situação de risco muito maior, mas a gente foi com antecedência, fez o diagnóstico também no laboratório e a família foi tomar a vacinação e não teve mais nenhum problema”, relata dizendo que no mesmo período foi feito todo um trabalho de conscientização o que é a doença, risco e como prevenir.

Aquele educador disse que a Universidade de veterinária tem dado uma resposta para a sociedade onde, através do curso de pós-graduação com o mestrado e doutorado que tem expandido as ações além das fronteiras da Paraíba a exemplo do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. “Então aonde tem problema de mortalidade de animais que a universidade é contada, o pessoal está indo lá porque tem estudante de mestrado e doutorado e tem interesse inclusive em diagnosticar essas doenças e tem professores também interessados nisso, a universidade tem cumprido um papel importante nesse sentido”, comentou Nogueira acrescentando que na região do Pólo Sindical da Borborema tem um diferencial que é dinâmica de trabalho desenvolvida pelas entidades locais que tem proporcionado fazer um diagnóstico e ao mesmo tempo um trabalho continuado de formação via comissão de criação animal que é uma das comissões temáticas do Pólo Sindical e das Entidades da Borborema que discutem políticas públicas e tecnologias apropriadas a região semiárida.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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