Experiência do P1+2 começa a dar frutos em unidade familiar rural de Juazeirinho

Mais água na unidade familiar rural e conseqüentemente mais capacidade de produção agrícola, assim é que Domingo Rural classifica a propriedade da agricultora familiar, Josefa Belarmino Rocha, Dona Zefinha, residente na comunidade Ilha Grande, no município de Juazeirinho, Seridó da Paraíba.

Com o apoio do PATAC, do Coletivo Regional de Educação Solidária do Cariri, Seridó e Curimataú dentre outras organizações, a família da agricultora vem desenvolvendo ações estruturadoras que vão da tecnologia apropriada nos plantios de culturas alimentares para a família a partir do uso correto do solo até ações com equipamento de armazenamento de água de chuvas a exemplo de cisternas de placas e cisternas calçadão.

Dona Zefinha, como é mais conhecida conta que, com a chegada das entidades na região, a família começou a experimentar ações sustentáveis que antes não conhecia, e essas mudanças têm melhorado em muito a qualidade de vida de toda a família já que pouco a pouco a unidade rural está sendo utilizada de forma ambientalmente correta o que tem proporcionado mais produtividade na área agrícola já que a forma de aproveitar os espaços está sendo feito com mais eficiência e garante que antes da construção das cisternas a vida era muito difícil em toda a comunidade. style=mso-spacerun: yes>  “Difícil era vê uma latinha d’água tão longe num jumento numas ancoretinhas. Eu não cresci de tanto carregar água na cabeça”, explica a agricultora comentando que toda uma geração foi prejudicada na educação já que levava boa parte da vida buscando água de locais muito distantes e hoje contam com esses recursos a poucos metros da porta.

Ela é da opinião de que ações como a cisterna de placa e a cisterna calçadão deram importante avanço na vida da família e mudança na forma de fazer agricultura de toda a comunidade que já passa a ter referência de uma agricultura familiar eficiente e, ao ser visitada pela equipe do Programa Domingo Rural na última terça-feira dia 06 de julho, falou sobre a trajetória de vida organizada com as entidades da ASA Paraíba, especialmente o PATAC, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e as entidades do Coletivo, afirmando que nada ou quase nada teria sido possível sem a parceria com as entidades parceiras. “Sem as entidades, não tínhamos nada disso. Aonde é que a gente ia arranjar, sair da casa da gente pra ir procurar?”, comenta a agricultora se referindo aos benefícios que já tem na unidade rural e a ampla linha de frutas, verduras e legumes impossíveis de suportar a realidade seca de antes.

Seu Belarmino Carlos de Morais, é pai de dona Zefinha, mora na comunidade Ilha Grande, tem 98 anos de idade, faz parte do projeto como entusiasta das idéias trabalhadas e diz que hoje as entidades dos agricultores e agricultoras vêm fazendo a diferença e ensinando aos poderes públicos a ouvirem as entidades e seus associados, transformando os recursos públicos em ações que sejam sugeridas pelas famílias agricultoras como é o caso dos recursos financeiros do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome que vem financiando ações diversas através das entidades sociais da agricultura familiar. “Essa idéia das cisternas é muito boa, mas veio sair agora”, relata o agricultor dizendo que se no tempo dele tivesse esse modelo de organização social a realidade teria sido outra. “Hoje nós estamos num céu pra vista do meu tempo em que eu fui criado”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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