Feira indígena de sementes premia aldeias com maior diversidade genética

A Associação KAPEY – União das Aldeias Krahô, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Fundação Nacional do Índio – Funai promovem no período de 22 a 27 de outubro a 7ª Feira Krahô de Sementes Tradicionais, no município de Itacajá/TO. Segundo a assessora de comunicação da Unidade da Embrapa, Fernanda Diniz, o evento, já está em sua sétima edição, tem como objetivo desenvolver ações para incrementar a segurança alimentar indígena, pelo incentivo à conservação local das variedades agrícolas tradicionais e promoção de capacitações nas áreas de agroecologia e artesanato, entre outras.Este ano, segundo Diniz, a Feira vai contar com uma novidade: a premiação Agrobiodivesidade Krahô para a aldeia que apresentar maior variedade genética de milho, fava, arroz, batata-doce e inhame, objetivando incentivar os povos indígenas a cultivarem espécies tradicionais, garantindo assim a variabilidade genética dessas espécies com premiações que se estendem aos agricultores individualmente. “Os avaliadores serão pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e da Embrapa Hortaliças, duas unidades de pesquisa da Embrapa localizadas em Brasília, DF, além de agricultores tradicionais selecionados pelo povo indígena Krahô”, justifica Diniz ao contatar com Stúdio Rural. Diniz informou que em sua última edição, em 2004, esse evento reuniu cerca de 2500 pessoas e que em 2007 vai contar com a participação de 15 povos indígenas (Krikati, Apinajé, Gavião, Canela, Guató, Xerente, Kamaiura, Cariri Xocó, Desana, Macuxi e Caxinauá, entre outros) e a pesquisadora da Embrapa e os demais organizadores esperam obter o mesmo sucesso de 2004. “A relação entre a Embrapa e as comunidades indígenas começou em 1995, quando representantes do povo indígena Krahô procuraram a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em busca de sementes primitivas de milho e amendoim, que estavam conservadas nas câmaras de conservação da Unidade, onde cerca de 150 mil amostras de sementes são conservadas a 20ºC abaixo de zero”, justifica, acrescentando que a partir desse momento, a interação entre a Embrapa e os povos indígenas cresceu e se consolidou, se expandindo para outras aldeias. Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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