Feira orgânica representa espaço de venda de produtos saudáveis para clientela campinense

No Programa Domingo Rural deste domingo dia 13 um dos temas evidenciados foi a Feira Agroecológica de Campina Grande que conta com a participação de famílias agricultoras vinculadas ao Pólo Sindical e das Entidades da Borborema residentes em municípios diversos do Compartimento da Borborema e que abastecem o mercado com produtos genuinamente agroecológicos. A Feira Agroecológica acontece todas as quartas-feiras na Estação Velha conta com ampla linha de verduras, frutas, legumes, galinhas e ovos de capoeira, dentre outros variados produtos trabalhados de forma orgânica a partir do acompanhamento e orientação das entidades do Pólo.

A agricultora Severina Maria da Silva Borba, Severina Tavares, falou sobre a importância da feira na vida das famílias agricultoras, a estratégia desempenhada para fazer com que tenha oferta de galinha, ovos de capoeira, guiné e peru em toda a época do ano e lembrou que tem que se ter uma estratégia minuciosa já que a mesma família que cria a galinha é aquela mesma que produz a linha de feijão, milho e fava dentre outros num processo de convivência com a pequena criação e garante que a existência da feira agroecológica e a o trabalho com cercas de tela trabalhado pelas entidades do Pólo junto aos agricultores tem feito com que seja produzido mais e de forma diversificada. “Melhorou muito com as telas, muita gente está criando mais, porque precisa das duas coisas; do roçado e da criação”.

João Macedo Moreira é agrônomo da AS-PTA e assessor junto ás famílias agricultoras, é cliente da feira comprando a diversidade de produtos que são vendidos naquele espaço, falou com os nossos amigos e amigas ouvintes do Programa Esperança no Campo e Domingo Rural explicando as estratégias que são utilizadas pelas famílias agricultoras para conseguir colocar produtos a disposição da clientela de Campina Grande durante toda época do ano. “Essa é uma virtude da feira porque a gente percebe que existe uma grande diversidade de produtos então a maioria dos produtos que a gente precisa em casa de hortaliças, de frutas, de raízes a gente encontra aqui e encontra sabendo o que é que nós estamos consumindo porque a gente tem o conhecimento de que esses agricultores são agricultores que trazem o produto lá da sua propriedade e que é produzido com essa preocupação com a preservação do meio ambiente e com a qualidade do produto pra que seja um alimento para a vida e não um alimento para a morte”.

Luzia Maria Chagas Barbosa é das Assembléias Populares da Diocese de Campina Grande, cliente da feira agroecológica e diz que todas as quartas-feiras comparece para comprar a linha de produtos com a garantia de que não tem agrotóxicos e garante qualidade de vida as famílias produtoras. “Eu entendo que todas as vezes que a gente usa o agrotóxico e traz pra dentro de casa, afinal um corpo humano não foi feito pra se alimentar de veneno a gente sabe disso e a terra também não porque se a gente faz parte de um universo que foi feito todo sem agrotóxico de uma forma foi entregue a nós pra gente cuidar e a gente está cuidando da forma que está sendo com o agronegócio dominando e o povo gostando e comprando, então caba a cada um de nós tomar essa decisão agora de vê se muda, vai depender de cada um”.

Stúdio Rural conversou com o agricultor orgânico Inácio Luna de Oliveira. Ele falou sobre a qualidade dos produtos vendidos naquela feira acontecida em Campina Grande, falou sobre a forma de produção e garantiu que a terra está dando resposta positiva com oferta de produtos de muita qualidade e sugeriu que a comissão organizadora precisa intensificar a divulgação da feira para que a procura aumente por parte dos consumidores. Ele falou sobre a ampla linha de produtos que ele traz semanalmente para a feira em Campina Grande e na cidade de Esperança e disse que os preços dos produtos têm sido favoráveis para que os consumidores procurem comprar.

O agricultor Orlando Soares Correia reside e produz no Assentamento do Crédito Fundiário Fazenda Carrasco disse que a feira é interessante e informou que 2009 foi um ano de boas vendas e disse acreditar que o próximo ano será melhor já que pouco a pouco está ficando mais claro para os consumidores a cerca da existência da feira e sobre como se está produzindo com produtos naturais, fazendo com que os alimentos adquiridos no espaços represente ter adquirido verdadeira saúde. “Em primeira mão a gente parabeniza a todos que vem nessa luta, a gente começou em 2003 com o Natal sem veneno e agora Natal sem veneno de 2009 e a gente deseja paz, saúde e felicidade pra todo mundo, que 2010 venha com muitos projetos pra gente produzir e trazer direto para os consumidores aqui em Campina Grande”, explica.

O professor da UFPB campus Areia, Daniel Duarte Pereira, disse que toda semana compra a linha de produtos ofertados naquele espaço e garante que os preços e produtos são relativos e lamentou a falta de alguns produtos em diversas épocas diante, apresentando como desafio preencher os requisitos de oferta naquele espaço. “Eu venho pra feira da quarta-feira, nem todas as vezes eu poço, mas eu venho na qualidade de cliente e na qualidade de técnico, então na qualidade de cliente eu verifico o seguinte: os produtos são de excelente qualidade, mas existe uma sazonalidade, ou seja, a oferta de alguns produtos nem sempre é valida para todo o ano. Por exemplo, tomate, tomate inclusive eu tenho um estagiário que é João de Maçaranduba que está acompanhando isso porque não tem tomate o ano todo, nós sabemos que o tomate é uma das culturas mais difíceis de se conseguir do ponto de vista orgânico devido a quantidade de pragas e doenças e a própria condução da cultura mas, numa produção orgânica é possível que você pense uma oferta o ano todo. Não em grande quantidade mas, o suficiente para abastecer aqui a feira. Uma outra questão que eu vejo é, por exemplo, por que é as cenouras e as beterrabas elas nem sempre se apresentam assim com uma característica positiva assim bonita, é tanto que uma das perguntas que meu estagiário está fazendo é o seguinte: pra ser orgânico é preciso ser feio? Porque muita gente acha o produto orgânico ele não pode ser bonito, ele não pode ser viçoso por exemplo a cenoura e a beterraba e eu estou vendo que existe algumas características agronômicas que não estão sendo observadas, por exemplo a cenoura pra ela ficar de boa qualidade ela precisa ter um leito bem profundo, então muitas vezes você está no discurso orgânico, está fazendo dentro da agroecologia mas não está fazendo um canteiro bem feito e isso faz com que a cenoura, a beterraba e outras plantas que precisam de um canteiro mais profundo mais fofo se desenvolva bem independente do que elas tem”, explica o professor, acrescentando que as práticas e bons entendimentos entre os envolvidos são fatores a serem superados para que a feira fique cada vez melhor.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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