Representações de cerca e 20 sindicatos de trabalhadores rurais do estado da Paraíba estiveram reunidos na última sexta-feira(10), em Campina Grande, com o objetivo de discutir assuntos relacionados a agricultora familiar e ao meio rural paraibano.

Organizado pela CUT-PB, o evento contou com a presença de representações da Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Secretaria da Agricultura Familiar do governo do estado que falaram das possíveis políticas que estão em andamento e ou sendo planejadas para serem trabalhadas no estado.

Participaram da mesa fazendo uma exposição dos trabalhos dos governos o secretário da Agricultura Familiar, Lenildo Morais e o delegado do MDA, Luiz Gonzaga Junior que também ouviram críticas e cobranças das lideranças sindicais presentes.
“É um momento oportuno do movimento sindical contaguiano onde a gente está trocando e dialogando do como a gente vai trabalhar de agora pra frente em manter as políticas públicas que já existem no meio rural, então esse é um momento onde a gente está dialogando com o governo federal e estadual e também como é que a gente vai levar essa proposta lá para nosso município, então é um momento muito oportuno” relata, em contato com nosso público ouvinte, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cuité, Everaldo Andrade Costa.
“É um momento muito bom e oportuno que nós estamos tendo pra discutir os problemas que vem atingindo as áreas rurais e tentando fortalecer o movimento sindical que a gente sabe que a área rural, principalmente, está apagado porque falta um apoio integral que não temos de uma federação que nos represente e agora a gente está tendo esse apoio da CUT para que a gente possa se aproximar e fortalecer o movimento, se juntando e buscando juntos, mostrando aos representes governamentais o que é necessário trazer realmente ao movimento sindical, o que é preciso trazer para os trabalhadores, então é um movimento muito importante porque nós estamos mostrando a distância que está das políticas públicas existentes que não passam pelo movimento sindical”, expressa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Veirópoles, no Sertão do estado, Joaquim Nunes Gadelha.
“Esse encontro que está acontecendo aqui no Hotel do Vale, promovido pela Central Única dos Trabalhadores, tem tido a preocupação de reunir os sindicatos rurais que são filiados dessa central para discutir essas políticas públicas que vêm de encontro as nossas ações da agricultura familiar, então é construindo parcerias com o governo estadual e o governo federal e nós fazemos uma boa avaliação porque é aqui nessas plenárias que nós nos utilizamos desse espaço para colocar nossas insatisfações e também nossas satisfações”, argumenta Maria Anunciada Flor Barbosa Morais, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas.
“A gente faz uma avaliação muito boa porque a gente tem um momento para expressarmos aquilo que estamos sentindo na base e trazer as discussões para a gente ir buscar as soluções para os problemas que estamos encontrando dentro das nossas bases, dentro dos nossos municípios”, relata o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana, Paulo Medeiros Barreto, que fez sérias cobranças aos governantes.
Durante o encontro foi discutido conjuntura política atual buscando entender questões como o projeto de terceirização promovido na Câmara dos Deputados, em Brasília, mudando conquistas trabalhistas na CLT; debate com os representantes governamentais com entrega de documento reivindicatório pedindo parceria entre governo do estado e governo federal com os movimentos que se impõem a Fetag na busca de ações para a agricultura familiar, busca da consolidação de um programa de sementes crioulas onde o governo do estado fortaleça bancos de sementes, fortalecimento de uma política de recursos hídricos a partir da construção de barragens subterrâneas, tanques de pedras, revitalização de pequenos barreiros e médios reservatórios de água e construção e limpeza de pequenos barreiros; regularização fundiária pedindo expansão do programa, comercialização de produtos da agricultura familiar no PAA e PNAE com suas barreiras para alguns produtos, empenho no assessoramento para elaboração do Cadastro Ambiental Rural, segurança no campo, maior presença do governo do estado e federal nos territórios, apoio ao processo de transição agroecológica, reivindicações que em número de 14 pontos de pauta foi entregue aos gestores e ficou combinado um novo encontro para aproximadamente três semanas depois.
Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural