Mulheres do Pólo são capacitadas na construção de cisternas e implementações hídricas para o semiárido

O município de Queimadas, Agreste paraibano, style=mso-spacerun: yes>  sediou um curso de capacitação de pedreiras para mulheres agricultoras do Polo da Borborema dentre as quais mulheres das comunidades rurais daquele município numa ação que aconteceu durante os dias 19, 20 21 e 22 de novembro último na comunidade Maracajá e contou com mulheres agricultoras dos municípios de Casserengue, Solânea, Lagoa Seca e Queimadas.

O tema volta a ser evidenciado no Programa Universo Rural e Programa Domingo Rural que acompanha as ações antes, durante e depois levando as informações para o público ouvinte que está espalhado por nosso semiárido brasileiro a partir de entrevistas trabalhadas com a coordenadora do Pólo Sindical da Borborema, Lucileide Alves Gertrudes, Leda; vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, Angineide Pereira de Macedo; agricultoras do município de Lagoa Seca, Marinalva Gomes de Silva; agricultora residente no município de Casserengue, Anailde de Lima; agricultora pedreira, cisterneira e pedreira, residente em Barra de Santa Rosa, Maria Verônica dos Santos, que ofereceu curso capacitação; com o assessor técnico da AS-PTA, Ivanilson Estevam da Silva que avaliam a atividade de compartilhamento dos saberes tecnológicos além de entrevista com o agricultor e pedreiro José de Castro da Silva, morador no local da capacitação e que diz ter se maravilhado com a capacidade de aprendizado e práticas das novas pedreiras que se lançam no mercado com a promoção das entidades da agricultura familiar agroecológica do Pólo e da ASA Paraíba.

Angineide Pereira de Macedo é vice-presidente do Sindicato do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, participou do curso e garante que a partir de então está pronta para dar boas contribuições nas ações e programas voltados aos desenvolvimento da região e melhoramento da agricultura familiar na perspectiva de convivência com o semiárido.

A coordenadora do Pólo Sindical da Borborema Lucileide Alves Gertrudes, Leda, participou da capacitação ajudando no processo organizativo e disse acreditar que a iniciativa de capacitar as agricultoras pedreiras tem sido momento importante para a vida do Pòlo, pra vida das famílias agricultoras que vêm desfrutando de ações fruto de ideias originadas a partir da Comissão de Saúde e Alimentação que é uma das temáticas do Pólo tocada por mulheres em sua maioria e que visa valorizar o papel da mulher na produção agrícola e vida no campo. “Tem sido interessante porque é muito desejo das mulheres que as vezes querem fazer um banheiro, querem levantar uma parede e fica dependente do homem ou dependente de outras pessoas, então elas mesmas se interessaram em partir para essa capacitação para poderem depois estarem fazendo suas próprias cisternas, enfim o que elas desejarem fazer”.

Marinalva Gomes de Silva é agricultora residente no município de Lagoa Seca, participou do curso e comentou ter sido muito importante por dar nova oportunidade para que a mulher possa continuar fortalecendo a qualidade de vida da família. “A avaliação que eu é de que é de um todo eficaz esse trabalho porque é assim: capacitar mulheres pra construção de cisternas é um bem, é um feito porque antes só era homem; homens que podem tudo e mulher que não pode nada e a gente sabe que a gente é capaz, a gente é capaz de ter um filho, a gente é capaz de cozinhar, arrumar, lavar, passar, fazer tudo na nossa casa e então a gente é capaz também de construir”.

Ivanilson Estevam da Silva é assessor da AS-PTA, participou da capacitação e, ao ser entrevistado por Stúdio Rural, comentou a eficiência das mulheres no processo de aprendizado e na aplicação das técnicas e tecnologias, reafirmando que as mulheres demonstraram capacidade no processo de construção das diversas ações hídricas de convivência com o semiárido. “A gente deu início pela manhã da terça-feira com essa parte mais teórica, falamos um pouco do processo de organização dessas mulheres na região do Pólo da Borborema, a importância da cisterna, da água de beber para a vida dessas mulheres, esse trabalho que vem sendo feito em rede, não só na região do Pólo, mas em todo o semiárido e aí fizemos uma fala mais teórica onde elas próprias foram colocando as suas dificuldades, suas esperanças a partir de suas forças de vontade”, explica acrescentando que a partir da quarta-feira iniciou-se o trabalho prático da construção das cisternas que vai da preparação da massa, construção da base até a construção das paredes com placas de cimento até o acabamento.

Anailde de Lima é agricultora residente no município de Casserengue, Curimataú paraibano participou do curso e disse que teve um amplo ganho de conhecimento que será multiplicado no município dela a partir das ações do STR de Casserengue. “Ver a cisterna pronta é emocionante porque q gente ver que nós mulheres temos capacidade e eu acho, com certeza, que ainda vai ficar mais bonita e mais segura porque tenho certeza que as mulheres são mais caprichosas, são mais jeitosas a fazer uma coisa mais bem feita”.

Maria Verônica dos Santos é agricultora pedreira no município de Barra de Santa Rosa, participou do curso como instrutora da equipe e, ao dialogar com o público ouvinte das emissoras parceiras, disse que já trabalhava na própria residência juntamente com os irmãos e que em 2007 fez um curso de capacitação e a partir daí começou a construir cisternas e também a multiplicar os conhecimentos a partir de cursos e capacitações das entidades do Pólo Sindical da Borborema e comemorou dizendo que a mulher está presente nas diversas atividades sociais e econômicas o que sugere dias melhores para a sociedade como um todo. “Primeiramente é um trabalho feito com amor, e um trabalho com amor com certeza vai dar resultado e a gente faz bem feito pra mostrar que a gente tem capacidade de fazer”.

Residente na comunidade onde aconteceu o curso, José de Castro da Silva, agricultor pedreiro com experiência com armação de ferragens em grandes construções, esteve no local durante os dias de trabalho e garante que se surpreendeu com a capacidade daquelas mulheres em exercer o trabalho e com o humor manifestado por elas durante todos os dias de trabalho e avaliou ser um trabalho de muito valor e qualidade. “Elas estão se Saindo muito bem, nunca umas mulheres dessas trabalharem desse jeito, elas trabalham igual aos homens, elas estão aprendendo e já estão começando o exercício do trabalho, estou gostando”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
Foto style=mso-spacerun: yes>   : Áurea Olímpia

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