Vinte e seis municípios do Cariri paraibano estão contemplados com um Projeto de Construção de Alternativas Tecnológicas e de Apoio Operacional ao Armazenamento e Conservação de Forragens para a Agricultura Familiar do Território caririzeiro, projeto composto de uma moto – ensiladeira, uma enfardadeira e uma Unidade Demonstrativa de forragem para cada município e que tem a função de, além de gerar ração nas propriedades, compartilhar resultados e informações práticas entre as famílias de agricultores de cada município do Cariri paraibano.

Na última quinta-feira(14) as entidades componentes do Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Territorial do Cariri se reuniram na cidade de Serra Branca para discutir o projeto, especialmente a contrapartida de cada município.

Um dos expositores no encontro foi o prefeito da cidade de Serra Branca, Luiz Mamede de Lima, Zizo, que falou sobre a responsabilidade da Prefeitura de Serra Branco em assumir o projeto junto a Caixa Econômica Federal já que para os recursos serem liberados é necessário que uma das prefeituras assuma o projeto junto a Caixa Econômica, sendo necessário que a prefeitura esteja em dias com todas as instituições financeiras dentre outras, o que acontece com a cidade de Serra Branca que na gestão do atual prefeito pagou todos os débitos em instituições estratégicas o que coloca o município na condição de participar de diversos programas governamentais dentre outras instituições.

Stúdio Rural compareceu ao local e conversou com diversas lideranças de agricultores que falaram sobre a importância de se ter um projeto que pense e desenvolva ações em torno da geração e armazenamento de ração para dar sustentação a pecuária regional.

Para o agricultor familiar Antônio Borges, residente na Comunidade Barrocas, município de Soledade, o projeto é de fundamental importância para o desenvolvimento da pecuária regional e tem tudo para dar certo já que será gerido pelas entidades de agricultores de cada município do Cariri paraibano. Ele acredita que se fosse um projeto desenvolvido através dos gestores públicos não teria as mesmas probabilidades de sucesso já que quando muda prefeitos muda a prioridade das ações e, desta forma comprometeria a andamento das ações.

Stúdio Rural entrevistou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alcantil, Márcio Luiz de Oliveira, que falou sobre a importância do Projeto e sobre as expectativas para o futuro da pecuária daquele município que com o apoio das entidades de agricultores vem despertando para a importância de se trabalhar com armazenamento e conservação de forragens nas épocas em que a ração está verde guardando-a para as épocas de secas.

Outro entrevistado, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana, Paulo Medeiros Barreto, disse acreditar que o projeto chega num momento muito estratégico já que com a chegada da Conchonilha do Carmim as alternativas de alimentar os rebanhos estavam ficando cada vez mais limitadas. Para Medeiros é necessário que os sindicatos e entidades de agricultores cobrem dos prefeitos e prefeitas a contrapartida financeira para tornar possível o projeto junto a Caixa Econômica Federal, sob pene de colocar em risco a execução do projeto que além de dar condições de se ampliar a pecuária regional, muda para melhor a prática de se desenvolver ações de convivência com a região semi-árida.

Ao ser entrevistado pela equipe Stúdio Rural, o secretário de agricultura da cidade de Livramento, Eliomar Sares fala sobre a importância do projeto, sobre como será trabalhado os equipamentos nas comunidades de seu município e sobre passos importantes que devem ser dados pelo Fórum do Cariri rumo ao desenvolvimento Sustentável da microrregião, informações que estão na íntegra no programa Domingo Rural deste domingo 14 de fevereiro.

O Projeto de Construção de Alternativas Tecnológicas e de Apoio Operacional ao Armazenamento e Conservação de Forragens para a Agricultura Familiar do Território do Cariri-PB é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, MDA, através da Caixa Econômica Federal com contrapartida de cada município, será trabalhado por uma entidade de cada município com a responsabilidade pelo trabalho itinerante no interior da municipalidade.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural