A pesquisadora Raquel Ghini, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), representou o Brasil, indicada pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente, no encontro do Comitê Técnico de Opções ao Brometo de Metila – MBTOC, no Reino do Marrocos, de 20 a 24 de abril de 2009.

A informação foi repassada pela assessora de comunicação da Embrapa Meio Ambiente, Cristina Tordin, justificando que com o Protocolo de Montreal foi estipulado um programa de eliminação de produtos que destroem a camada de ozônio, entre eles o brometo de metila.

Para a pesquisadora, informou Tordin, esse Comitê analisa pedidos de alguns países para usos críticos e sugere alternativas economicamente viáveis, acrescentando que, as partes, isso é, os países discutem sobre essas sugestões, que de modo geral, são acatadas. “De acordo com a pesquisadora, o Brasil foi muito elogiado, principalmente pela eliminação do brometo para tratamento do solo”, relata a jornalista, explicando que o coletor solar, equipamento desenvolvido por Raquel, colabora para concluir a erradicação do uso do composto químico, que ficará restrito às medidas quarentenárias e de pré-embarque.

Ela informou que os coletores são utilizados pelos agricultores para aquecer o solo e o substrato e assim eliminar pragas, relatando que o brometo de metila além de produzir danos à camada de ôzonio prejudicava também a saúde dos agricultores. “Com a eliminação, o Brasil, que desde 2007 proibiu o uso do produto com fins agrícolas, é um exemplo de país que encontrou alternativas não químicas economicamente viáveis”, informa a jornalista, acrescentando que no encontro de 15 participantes, onde Raquel era a única brasileira, todos foram homenageados no jantar de confraternização com uma medalha com os dizeres “serviço de proteção à camada de ozônio – Unido”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural
Foto : C. Tordin