No Domingo Rural deste domingo(10-02) o presidente da AMCAP, Associação dos Municípios do Cariri Paraibano e prefeito da cidade de Gurjão, José Carlos Vidal evidenciou sobre a criação de caprinos que atende uma nova realidade genética capaz de gerar produção de carne e leite para atender os programas governamentais a exemplo das escolas das redes públicas municipal, estadual e federal, hospitais, creches, abrigos de idosos e entidades filantrópicas dos municípios cadastrados no Programa Leite da Paraíba serão os principais beneficiados com a distribuição dos produtos derivados do leite de cabra.

Em entrevista concedida a Equipe Stúdio Rural, Vidal fala sobre a importância dos empreendedores rurais caririzeiros se capacitarem para atender a um novo momento da economia regional citando como exemplo o fato das famílias de agricultores agregarem valor a caprinocultura com ações como a melhora genética do rebanho, tecnologias com o processo de armazenamento e conservação de forragens, estruturar as propriedades em recursos hídricos dentre outras. “Você citou duas coisas importantíssimas que é a parte de genética e a parte de alimentos. Nós vamos começar trabalhar esse ano a questão der alimentos, eu já tive contato com a diretoria do Sebrae para nós pensarmos uma forma de como garantir forragem para a caprinocultura do Cariri, vai ser feito um trabalho, um projeto discutido e com certeza na hora que tivermos garantia da forragem, garantia da produção você pode ficar certo de uma coisa, nós já somos maior produtores de leite do Brasil e seremos os maiores produtores de leite do mundo porque nossa vocação é muito forte neste sentido”, justifica Vidal ao dialogar com os ouvintes 590 kHz e 1.320 kHz, acrescentando que muitos de seus amigos que antes sonhavam em ir embora da região por falta de meio de vida, hoje chegam ao final do mês faturando R$ 3.500,00 a R$ 3.600,00 com leite de cabra com despesas em torno de R$ 1.000,00 o que deixa uma margem de lucro para a manutenção das famílias na região caririzeira de forma digna.

Vidal lembrou que a caprinocultura na atualidade deixa de ser vista como “miunça” para ser encara como objeto de importância para a economia regional já que com o trabalho que vem sendo feito pelas entidades de agricultores e produtores, quebra-se um preconceito com os produtos da caprinocultura que até pouco tempo era produto para a alimentação dos cabritos e hoje tem ampla utilização em doces, cocadas, queijos especializados dentre outros produtos á serem utilizados em programas sociais e nos meios sociais diversos. “Você falou outra coisa importante, você parece que vivencia os problemas do Cariri, a “miunça” desapareceu, hoje não tem mais “miunça”, hoje é caprino é cabrito, o mercado é fantástico, apesar de nós já termos dificuldades na questão do abate, já temos dificuldade hoje em termos de animais porque está todo voltado para a questão leiteira e nós temos que trabalhar agora na questão de corte. Vai ser inaugurado em breve em Monteiro o abatedouro e nós temos que trabalhar neste sentido pra que isso seja realmente a cadeia produtiva de carne, leite e derivados”, comemora Vidal ao dialogar com os ouvintes da Serrana de Araruna em conexão.

Em seu contato com os ouvintes do Domingo Rural em rede, Vidal evidenciou informações de importância para a cadeia produtiva do caprino em sintonia com as ações já desenvolvidas pelas famílias de agricultores de toda a região aproveitando para falar sobre os próximos passos a serem dados pelas prefeituras associadas a AMCAP e pelas entidades de agricultores e entidades governamentais e não governamentais de fomento locais, estaduais e federais a exemplo do Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae, Embrapa dentre outras.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural