Ribeira retoma ações pelo soerguimento da cultura do alho

A comunidade Ribeira de Cabaceiras vem desenvolvendo um trabalho na busca da retomada da cultura do alho daquela microrregião que já foi uma das mais importantes produtoras de alho de toda a região e teve uma queda significativa nas últimas décadas fazendo com as famílias passassem a desempenhar outras atidades a exemplo do artesanato coureiro.

Foram muitos os fatores que levaram a economia do alho a uma queda quase total com entraves que vão da degradação dos solos em razão de tecnologias não adaptáveis a região, perda da qualidade genética da cultura já que em razão das dificuldades enfrentadas as famílias eram levadas a ter que vender as melhores cabeças de alho e reservarem as mais fracas para o plantio dentre outras ações limitantes.

No último dia 16 de março as entidades parceiras se reuniram naquela comunidade e fecharam propostas práticas para a retomada da cultura e da economia com ações que vão desde apoio na compra da semente para o plantio desta safra destinada ao pagamento de um débito junto a Conab com parte da produção, apoio técnico com o preparo do solo, adoção do uso de produtos naturais para o controle dos insetos e pragas dentre outras ações de apoio.

Objetivando a retomada da cultura acontecerá na próxima segunda-feira(06/04) uma reunião naquela comunidade para ampliar as ações desenvolvidas e a serem desempenhadas nos campos produtivos e na cadeia produtiva da cultura e, segundo o presidente da ARPA, Associação Ribeirense dos Produtores de Alho, Carlos José Duarte Pereira, foi a pedido dos próprios agricultores, através daquela entidade representativa, que as entidades voltaram para discutir e apoiar ações para a retomada da cultura por entenderem que é mais do que o fator alho: está em jogo uma atividade histórica e de significância para o município e para a região, gerando emprego, renda e cidadania já que aquele município se destaca entre as principais cidades brasileiras produtoras da cultura. “Não é apenas a questão alho, o Brasil todo passa por esse problema por causa da questão da importação de alho da China, mas é a questão do diferencial o que faz Cabaceiras como sempre foi a maior produtora da Paraíba e está sendo a única produtora de alho e mais ainda a questão do alho está com base agroecológica, isso é o que tem nos fortalecido nesta discussão”, argumenta aquela liderança citando o apoio das entidades parcerias a exemplo da UFCG através da Fundação Parque Tecnológico, Prefeitura Municipal de Cabaceiras, Embrapa Algodão, BNB, PDHC dentre outras.

Duarte Pereira informou que todo o processo está sendo desenvolvido com o prepara do solo previsto para a segunda quinzena deste mês, o plantio para a primeira quinzena de maio com a utilização do tradicional “Alho Branco de Cabaceiras” e garante que o tempo de preparo e plantio é o ideal conforme a agenda planejada já que tradicionalmente o alho é plantado no final de maio para o início de junho.

Ele comentou a importância da ARPA para a cultura do alho que ao longo de 29 anos de história vem contribuindo com a economia e os segmentos diversos da economia e da cultura daquela municipalidade e da região. “É uma das associações mais antigas do Cariri que vem trabalhando seriamente não só para desenvolver o alho, mas que todas as atividades que vem se desenvolvendo dentro de Cabaceiras a ARPA sempre tem um pouco da sua participação e agora mais forte ainda porque a gente quer divulgar esse alho da Cabaceiras por ser um alho produzido em bases agroecológicas”, comemora aquela liderança caririzeira.

No ano de 2007 a Petrobrás financiou um projeto de retomada da produção através da Coopagel e Projeto Dom Helder Camara enquanto unidade gestora, projeto que previa apoio direto e capacitações as famílias cadastradas no programa, prepara do solo com utilização de sistema de irrigação, trabalho com práticas agroecológicas e a construção de uma agroindústria destinada ao beneficiamento da produção com requisitos que atendessem as exigências dos órgãos de fiscalização. Quase todo o processo aconteceu conforme o programado, porém faltou a instalação da máquina despolpadora levando a perda de toda a produção da safra 2007 e comprometendo a produção da safra 2008.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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