Stúdio Rural entrevista pesquisador, prefeito e financiador de ações com algodão no Seridó do RN

Durante entrevista no Espaço Notícias Agrícolas da Rádio Stúdio Rural, o prefeito da cidade de Acari, Fernando Bezerra; o pesquisador da Embrapa Algodão, Marenilson Batista; e o presidente do Instituto Riachuelo, Gabriel Rocha falaram sobre as estratégias parceiras para trabalhar a retomada do cultivo do algodão orgânico no Seridó do Rio Grande do Norte já a partir de capacitações, trocas de experiência neste ano e ação de projeto em campos produtivos na safra do próximo ano.

Durante esta semana, de 27 de setembro a 02 de outubro, assessores técnicos e coordenadores municipais do Projeto Construção do Sistema de Produção do Algodão no Seridó envolvendo os municípios de Acari, Cruzeta, São José do Seridó e Caicó participaram de um curso de compartilhamento dos conhecimentos que serão trabalhados na safra 2022 naquelas municipalidades.

Fernando Bezerra explicou que a ação será compartilhada entre os quatro municípios, nas dinâmicas do Projeto Agrosertão, na tentativa da revitalização da cultura do algodão, contribuindo para o processo de melhora na segurança alimentar das famílias, na renda, e nos bancos de proteínas para a alimentação do rebanho e garante que a região já foi destaque na produção da melhor fibra para um mercado exigente. “Temos uma tradição bastante conhecida, o algodão de melhor fibra era o algodão mocó produzido aqui no Seridó potiguar, nas imediações do Seridó paraibano, e nós aqui tínhamos uma indústria algodoeira bem consolidada, vendíamos muito para Campina Grande, inclusive, que era nossa capital econômica durante tantas décadas”, relata aquele gestor municipal durante ampla entrevista na Rádio Stúdio Rural.

Presidente do Instituto Riachuelo, entidade financiadora do projeto, Gabriel Rocha falou sobre as razões da entidade empreender no apoio ao trabalho desenvolvido por entidades como Embrapa, Sebrae, Emparn, prefeituras, dentre outras. “O Instituto Riachuelo foi concebido pra estimular, desenvolver e transformar vidas através da geração de trabalho e renda, então estamos trabalhando com algumas frentes diferentes como oficinas de costuras, com a cadeia de bordados e artesanatos, estamos trabalhando nas escolas públicas municipais entrando com aulas de empreendedorismo, liderança, ética, introdução ao mundo dos negócios, então é um projeto que está olhando para o futuro de nossas crianças, nossos adolescentes, tudo com o objetivo de desenvolver o Estado, de gerar oportunidades, gerar empregos aqui no Rio Grande do Norte”, explica aquela liderança em contato direto com nosso público ouvinte.

Pesquisador da Embrapa Algodão e ministrante do curso, Marenilson Batista detalhou o trabalho que vem sendo desenvolvido em parceria já de olho na produção agrícola da safra 2022 naquela região e construir referências para outras regiões do Estado a partir do ano agrícola 2023. “Essa é uma articulação que tem uma série de atividades até chegar a hora do plantio, existe esse conjunto de entidades que estão se organizando para iniciar o plantio em 2022, essa semana é uma semana de treinamentos para os técnicos de campo, mais os coordenadores das prefeituras; agora em outubro nós teremos intercâmbios dos agricultores visitando experiências exitosas na Paraíba e a partir de novembro nós começaremos as formações modulares através da metodologia Unidade de Aprendizagem em Pesquisas Participativas e também a gente vai fortalecer o trabalho junto aos agricultores que já tiveram intercâmbio, que já estão a pa do que vai acontecer”, explica Batista durante entrevista, garantindo que a agricultura familiar paraibana dará importante contribuição com o trabalho no RN já que contabiliza exitosas experiências com a produção do algodão nos sistemas agroalimentares.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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