Última assembleia do ano avalia as ações 2015 e trabalha perspectivas 2016 para agricultura de Queimadas

SR291215aO Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, Agreste paraibano, realizou sua assembleia última do ano 2015 para informar e avaliar as ações do mês de dezembro e fazer um planejamento para as ações do ano de 2015.

A reunião de assembleia aconteceu no último dia 18 de dezembro, no auditório daquela casa sindical, contou com participação de um público amplo que lotou o sindicato que é um dos maiores de todo o país e foi espaço para se discutir a procedência do movimento e seus associados diante das lutas empreendidas para a melhor qualidade de vida das famílias agricultoras no meio rural daquele município.

“O sindicato tem feito seu papel junto a AS-PTA onde conseguiu muitas ações para os pequenos agricultores, e um sinal desses trabalhos é sempre trazer recursos para os trabalhadores lutarem com a seca e acho que é uma coisa bem importante esse negócio de mobilizar, fazer reuniões e mostrar um caminho pra seguir porque pra tudo tem recursos”, explica a agricultora Severina Maria da Silva Borba, Severina Tavares, residente no sítio Catolé asseverando que foi um ano de muitas conquistas e espera mais ações e conquistas no ano de 2016.

“Foi bom demais, pra mim mesmo foi muito bom, aqueles agricultores que procuram o sindicato com sinceridade sempre conseguem ajuda sim”, relata a agricultora Fátima Monteiro dizendo que o município já conta com uma infraestrutura em recursos hídricos que dará respostas produtivas em favor das famílias tão logo se inicie as chuvas já que são muitos barreiros trincheiras, cisternas de placas, cisternas calçadão e de enxurrada, fundos rotativos dentre outras ações que melhoraram a qualidade de vida de muitas famílias e serão referência para outras que ainda não conseguiram assas mesmas implementações.

Maria de Lourdes da Silva Ferreira, Biluca, participou do encontro e, em entrevista nos nossos programas, disse que o sindicato vem fazendo a diferença na vida das pessoas, citando como exemplo os últimos quatro anos de severa seca que geraram verdadeiro maltrato a economia e na vida das famílias, mas que em razão do conjunto das experiências implementadas e as políticas públicas de governo fez com que as famílias superassem na expectativa do ano seguinte. “Claro que as ações fazem hoje a diferença, porque antigamente não tinha cisternas e o pessoal tinha que ir buscar água longe pra beber, senão tinham que beber da cacimba e hoje não, hoje eles têm a cisterna e mesmo com dificuldade mas a gente consegue água, então é só saber economizar, lutar com a água e aproveitar como eu faço”, explica dizendo que o sindicato e parceiras então trilhando no caminho certo. “O sindicato está no caminho certo, sempre esteve, tem pessoas que ainda não enxergam isso”.

“Nós fizemos uma reflexão desse ano que está terminando, um ano difícil por vários aspectos, difícil porque foi um ano que não teve a produção suficiente que nós esperávamos, apesar das poucas chuvas que caíram a gente conta vitória também porque tivemos uma produção considerável de feijão no município, não tivemos milho, mas feijão muitos agricultores lucraram e as criações também vêm sendo mantidas mesmo estando atravessando vários anos consequentes de secas onde tiveram anos em que agricultores venderam suas criações por não conseguirem ultrapassar o período de estiagem e para aqueles agricultores no nosso município que vêm se organizando junto a nossa dinâmica do Polo da Borborema armazenando rações, buscando estratégias de convivência com o semiárido para superar esses períodos difíceis esses estão segurando seus pequenos rebanhos, criações médias e até grandes criações, não em grandes quantidades, mas não foi preciso chegar a vender todos os animais e ficar sem as sementes animais”, explica a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, Maria Anunciada Flor Barbosa Morais, dizendo que no ritmo que as políticas públicas estão sendo trabalhadas na agricultura familiar é questão de tempo para as famílias estabelecerem sustentabilidade na maioria dos estabelecimentos rurais daquele município e dos demais do Polo.

Anunciada fez um prognóstico do ano dizendo ter sido marcado por muitas mobilizações dentro e fora do município e do estado sempre na busca da afirmação do potencial da agricultura familiar agroecológica. “Foi um ano de muitas mobilizações, mobilização das mulheres para preparação da marcha regional pela vida das mulheres e pala agroecologia que aconteceu em Lagoa Seca com todo um processo de preparação com a mulherada, tivemos um outro processo de formação com as mulheres que foram à Brasília também reivindicar seus direitos na Marcha das Margaridas 2015, tivemos várias mobilizações em prol da democracia onde agricultores tiveram a oportunidade de ir as ruas de Campina Grande, João Pessoa e Petrolina e tivemos as mobilizações pré-jure já que foi um ano em que nós tivemos três julgamos em seguida: julgamento do caso Ana Alice, julgamento do caso Tana, julgamento do caso Pequena em que nós tivemos toda uma preparação juntamente as mulheres do campo e também da cidade, também nas escolas nós passamos fazendo atividades em algumas escolas do nosso município numa parceria com o Centro de Referência da Mulher Fátima Lopes e passamos a discutir esse tema tão forte que está no nosso meio a cada dia que é a violência contra a mulher”, detalha aquela liderança fazendo uma verdadeira retrospectiva de diversas ações de intercâmbios em municípios, estados brasileiros e até outros países.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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