Agricultura agroecológica do Pólo realiza encontro das comissões temáticas

Na última quarta e quinta-feira(01 e 02) aconteceu na cidade de Lagoa Seca um encontro da agricultura familiar para discutir a ampliação das ações em torno da produção agrícola agroecológica em todo o Compartimento da Borborema.

O encontro contou com cerca de 70 componentes que se dividiram em grupos tratando água, cultivos agroecológicos, criação animal, sementes da paixão, saúde e alimentação além do processo de acesso aos mercados.

Antônia Esmerina de Oliveira, D. Nova, é do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Matinhas, participou da comissão de sementes e, ao dialogar com os ouvintes do Domingo Rural, falou sobre a importância do encontro e sobre as ações que vêm sendo trabalhadas na dinâmica das sementes da agricultura familiar. “Eu acho que esse encontro é muito importante porque semente é vida, então os agricultores têm que se conscientizar que a semente é a coisa mais importante pra vida de cada um de nós agricultores que vive lá do campo e que trabalha com agricultura familiar “.

Francisco Antonino da Silva, Chiquinho, é do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Remígio, participou da comissão de cultivos ecológicos e garante que os cultivos agroecológicos vêm em amplo crescimento em todo o território da Borborema. “Discutir cultivos agroecológicos é defender o meio ambiente, nós queremos produzir sem degradar o meio ambiente e que precisamos ter uma comida mais saudável, produtos limpos sem uso de agrotóxicos, produtos alternativos que vem melhorar mais os produtos de cada dia”, explica Chiquinho falando sobre a elevação no número de agricultores e agricultoras que vem redirecionando sua forma de produção com a nova forma agroecológica.

Osmar Pereira Marinho é agricultor em Queimadas, fez parte da comissão de criação animal e disse que as estratégias de convivência com esse período de seca que se apresenta em toda a região de Brejo e Agreste da Paraíba. “Esse encontro é importante porque a gente vai aprender como conviver com a criação de animal, porque você sabe que a criação de animais para o pequeno criador serve como uma poupança, e nessa época em que o inverno não foi regular, como fazer, se se desfaz do rebanho, haja vista também que a água é um dos problemas também, se você tem pouco alimento e pouca água, então a solução que a gente está tirando é a de diminuir um pouco o rebanho e depois repor parte do rebanho que foi vendido. Tem outros que estão se desfazendo dos animais quase que em sua totalidade porque nem tem água nem tem o alimento e o rebanho já perdeu muito peso, então está sendo para algumas regiões, críticas”.

Maria Anunciada Flor Barbosa Morais, é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, participou da comissão água e, ao dialogar com Stúdio Rural, disse que as discussões foram de fundamental importância, principalmente quando se trata do Programa Um Milhão de Cisternas e o Programa Uma Terra e Duas Águas que vem ampliado a oferta de cisternas de placas e cisternas calçadão e lembrou da importância das famílias qualificarem melhor seus votos buscando políticos que tenham vivências com as práticas e políticas públicas de convivência com o semiárido brasileiro. “Nós realmente nos preocupamos com isso, os programas são da sociedade civil, mas nós precisamos dos apoios financeiros do MDS através do Governo Federal e pra isso nós estamos torcendo que os nossos futuros governantes que vão tomar parte dos destinos do nosso país a partir do dia primeiro de janeiro dê continuidade a esses programas que só tem a somar, que só tem a melhorar a qualidade de vida do homem e da mulher do campo, evitando o êxodo rural para que essas famílias evitem vir para as periferias dos grandes centros e cada vez mais a agricultura fica diminuindo por conta, muitas vezes, da falta de apoio das organizações e também de quem está no poder”.

Euro Barbosa é agricultor no município de Solànea, participou da comissão de acessos aos mercados e falou sobre as discussões trabalhadas e sobre o que vem sendo feito em torno dos mercados a partir das feiras agroecológicas. ”Nós estamos preocupados em discutir como vamos trabalhar o mercado dentro e fora do município e do nosso estado também na feira agroecológica buscando fazer o mercado crescer, trazendo a família mais próxima fazendo com essas famílias continuem produzindo e trazendo para os espaços agroecológicos de nosso estado”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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