Entidades parceiras continuam discussões sobre soerguimento do alho em Ribeiro

Entidades parceiras e agricultores produtores de alho de Ribeira de Cabaceiras realizaram mais uma reunião para dar continuidade as ações na busca do soerguimento da produção de alho naquela comunidade que tem tradição na produção da cultura e que, por motivos diversos, parou a produção contínua. Da reunião que aconteceu no dia 27 de julho, participaram representações da Universidade Federal de Campina Grande, Embrapa Algodão, Banco do Nordeste, Projeto Dom Helder Camara, Associação Ribeirense dos Produtores de Alho e famílias agricultoras que discutiram ações motivadoras para uma ampla participação de famílias na busca da retomada da produção.

A professora da Universidade Federal de Campina Grande, especializada em economia solidária, Ângela Metri, participou pela primeira do evento objetivando planejar um curso e oficinas capazes de sensibilizar a comunidade para a importância de se desenvolver um trabalho de forma associativada desde a produção, a comercialização e o comércio do produto já agregado valor. “Acho que foi bom pra conhecer a vida desses agricultores, no trabalho da gente é muito importante porque a gente da universidade pra ajudar é preciso vê que tipo de contribuição a gente pode trazer para os agricultores e, aqui em Cabaceiras, eu não tinha conhecido ainda os agricultores do alho, todas as dificuldades que eles estão tendo, todas as parcerias, todos os projetos que estão vindo, porque na realidade a gente percebe o seguinte: que tem muitas políticas públicas, tem muito dinheiro que vem. E a gente pergunta o seguinte: porque não se resolve o problema deles?”, questiona a educadora, argumentando que é necessário fazer um estudo junto com as famílias no sentido de encontrar os principais fatores limitantes que entravam a atividade de forma sustentável e em seguida desenvolver um trabalho solidário.

Para o representante da Embrapa na parceria, Heleno Alves de Freitas, as parceiras estão tendo a capacidade de reanimar as famílias agricultoras na busca de fazer da cultura do alho mais uma fonte de renda para a família associada ao já tradicional artesanato coureiro e ás culturas tradicionalmente trabalhadas na agricultura daquela comunidade e disse acreditar no empenho da juventude no processo a partir de um trabalho de conscientização sobre o potencial que tem Ribeira. “Essa realidade nós tende a mudar na hora que fortalecer a cultura do alho aqui na comunidade e começar a ser uma fonte de renda efetiva para as famílias e nisto os jovens, adolescentes e crianças vão perceber uma atividade que vai dar renda e vai melhorar as condições de vida da família e deles próprios com certeza eles voltarão com vontade e com princípios de fortalecer essa cultura por entender que é uma fonte de renda e ele passa a ser um profissional qualificado na produção do alho agroecológico ou orgânico e com certeza terá melhoria de renda. Enquanto não implantarmos essa consciência nessas crianças e nesses adolescentes que eles têm que continuar com essa produção de alho para o fortalecimento da cultura e deles próprios vamos ter essa dificuldade, mas tenho essa convicção e tenho esperança que essa realidade mudará no próximo plantio”.

Para o presidente da ARPA, Associação Ribeirense dos Produtores de Alho, Carlos José Duarte Pereira, ainda existem várias limitações que devem ser superadas com o apoio estratégico que a Universidade Federal de Campina Grande vem desenvolvendo em parcerias com as diversas entidades e famílias agricultoras que têm no alho uma cultura de importância histórica para toda a comunidade. “O caminho é essa parceria da universidade que trás os técnicos, está trazendo a professora Ângela Metri pra trabalhar aqui a questão da economia solidária pra quando o nosso produto estiver em outubro a gente ter condições de levar a questão á frente de como trabalhar com os agricultores dentro da lógica de solidariedade e o produto tem mesmo um valor social e também a universidade está trazendo estudantes e professores do curso de engenharia agrícola pra vê essa questão de como fazer manuseio, mudanças de campo e avaliar constantemente o uso da água que é de essencial aqui no rio taperoá”, explica Duarte Pereira.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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