MST faz mobilização em Poçinhos denunciado agressões e exigindo liberdade de trabalhadores

Na manhã desta segunda-feira (04/05), os Trabalhadores Rurais Sem Terra realizam um ato em frente à delegacia do município de Poçinhos localizado a 30 km de Campina Grande na Paraíba exigindo a liberdade dos dois trabalhadores rurais que ainda estão presos, e denunciam as agressões e violência que marcaram o despejo, segundo o Movimento, ilegal que ocorreu na madrugada do ultimo sábado (02/05).

A informação é do assessor daquele movimento, Neto Barbosa, esclarecendo sobre os fatos ocorridos na madrugada do último sábado (02/05). Ele diz que na sexta-feira (01/05) 60 famílias ocuparam a Fazenda Cabeça de Boi no município de Poçinhos, área com 700 hectares improdutivos e de propriedade de Maria do Rosário Rocha e diz que a propriedade já foi declarada apta para a desapropriação, mas a proprietária não aceita o valor da indenização.

Ao dialogar com Stúdio Rural ele informou que no momento em que as famílias estavam montando os barracos, pistoleiros e possíveis policiais sem farda começaram a rondar o acampamento e lançar tiro contra as famílias e nesse momento o carro Fiat Palio, ano 2003, que servia de apoio ao movimento foi queimado pelos que ele chamou de pistoleiros. “Diferente do publicado pela imprensa, o carro não foi incendiado pelos acampados, mas pelos pistoleiros”, relata, acrescentando que o fogo feriu varias pessoas que estavam construindo seus barracos.

Ele informou ainda que por volta das 3 horas da madrugada do sábado, a polícia militar fardada, sob o comando do Tenente Jonat Midore Ysak, cercou o acampamento e exigiu que os Sem Terra desocupem a propriedade e comenta que além de o horário ser indevido para a realização de despejo, os policiais não levou mandado de reintegração de posse, representando um despejo ilegal e sem autorização judicial. “Durante o despejo das famílias, sete acampados são presos e levados para uma casa onde são violentados. Dentro dessa casa, querosene é colocado sob os sete Sem Terra, um deles encontrasse com uma queimadura de terceiro grau no braço”, acusa, complementado que depois os trabalhadores presos foram levados para a delegacia daquela, onde dois ainda permanecem presos e cinco foram liberados após muitas agressões. “No sábado por volta das 22 horas, os dois presos realizaram corpo de delito apresentando varias marcas no corpo, um deles apresenta fratura na costela. Os outros cinco irão fazer corpo de delito nessa segunda-feira, eles apresentam vários indícios de agressões físicas”, continua acusando e afirmando que cinco Sem Terra ainda encontram-se desaparecidos.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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