Pajeú pernambucano desenvolve colheita do algodão agroecológico com boas perspectivas na safra 2009

A região do Pajeú pernambucano já está em fase avançada da colheita do algodão do projeto de produção agroecológico BRS Aroeiras da Embrapa que tem financiamento da Petrobrás com assessoria da Coopagel em parceria com o Projeto Dom Helder Camara.

Segundo o jovem agricultor e multiplicador das experiências, Jailson Lima da Silva, residente na comunidade Pajeú Mirim, município de Tabira-PE, a experiência está sendo no mínimo diferente já que as famílias não conheciam ainda o modo de produzir algodão de forma agroecológica associado a diversas outras culturas dentro do mesmo roçado, fazendo com que haja equilíbrio no processo produtivo entre culturas e equilíbrio entre os insetos para que não se transformem em pragas. “Lá a situação também não foi diferente, agricultor pergunta sobre como lidar com o bicudo e como é que vamos plantar algodão mas, a gente está conduzindo bem, as áreas apareceram bicudo o pessoal conseguiu controlar usando alguns métodos oferecidos pela Embrapa e o pessoal está conseguindo conviver mesmo com o bicudo”.

Afonso Cavalcante Fernandes é assessor técnico junto as famílias agricultoras, mora em Afogados da Ingazeira e disse que as famílias estão se encaminhando para o fechamento da colheita de uma parte da safra 2009 e outra está em faze de desenvolvimento já que são áreas distantes umas das outras e acrescentou que a grande preocupação é que cada microrregião plante no mesmo período para evitar a manutenção da praga do bicudo. “Esse ano por incrível que pareça a gente não teve muito bicudo. Como fazia um certo tempo que não se produzia algodão na região a população de bicudos era muito pequena, talvez por esse motivo a gente tenha tido êxito”, relata aquele assessor técnico, justificando que foram feitos muitas catações florais, o que ajudou no controle do bicudo nesta primeira safra da cotonicultura regional.

Ele disse que a produção está sendo satisfatória e evidenciou a utilização do Peijão Punjante da Embrapa que está sendo plantado pelas famílias agricultoras num processo integrado com outras culturas e que tem permitido repostas produtivas satisfatórias do algodão naquela microrregião pernambucana. “Inclusive a gente levou um feijão aqui da Paraíba chamado feijão punjante, foi um sucesso lá. Ele se adaptou muito bem as condições do Pajeú, produziu muito e também se produziu muito com o milho e feijão que os agricultores já dominam lá na região, já estão especializados. Além do milho e feijão também se produziu amendoim, gergelim e há uma empolgação nesse sentido de manter o consórcio, percebeu-se que o consórcio realmente é uma coisa que tem sentido porque naqueles locais onde se produziu menos algodão você teve outros cultivos, outras possibilidades de rendas o que foi muito importante para o pessoal”, relato Afonso dizendo acreditar que na safra 2010 esse número será ampliado.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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