Compartilhar informações sobre a produção de gergelim no Brasil e no Paraguai, essa é a meta de um encontro de intercâmbio realizado pelo pesquisador e educador da Universidade Nacional do Paraguai, Líder Ayala Aguilera, e o gerente da empresa Shirosawa Co. Saic, que trabalha produtos do gergelim naquele país, Pericles Valinotti além de representações da empresa pernambucana, (DPN), Distribuidora de Produtos Naturais, com sede em Recife Pernambucano.

Em reunião no auditório da Embrapa eles falaram sobre o trabalho que está sendo feito naquele país e sobre o interesse nos conhecimentos e na produção do gergelim produzidos aqui no Brasil a através da Embrapa Algodão de Campina Grande.

Aqueles representantes ficam na Paraíba desta terça-feira(14) até a sexta-feira(17), participando de atividades no interior da Embrapa e visitando atividades em campos produtivos acompanhados por profissionais da Embrapa.

Na terça-feira o encontro aconteceu no auditório da Embrapa a partir da apresentação de um vídeo institucional do Centro Nacional de Pesquisas do Algodão, apresentação de trabalhos e projetos referentes ao cultivo do gergelim por pesquisadores da empresa brasileira e apresentação de trabalhos e projetos referente ao cultivo do gergelim por pesquisadores do Paraguai. Nesta quarta-feira aconteceu visita em um Campo de produção de gergelim no município de Várzea, no Sertão e na quinta-feira(16) acontecerão reuniões com pesquisadores da Embrapa e visita as instalações daquela unidade de pesquisas a exemplo dos laboratórios e vitrine além de uma visita a Coopernut, empresa campinense que trabalha com produtos alimentícios naturais a base do gergelim.

Para o representante da área de sementes da Embrapa Algodão, Vicente de Paula Queiroga, o objetivo é mostrar um pouco da realidade brasileira na produção do gergelim, especialmente na agricultura familiar, dizendo tratar-se de uma cultura de potencial para o pequeno produtor e que o Paraguai apresenta os mesmos problemas e as mesmas características brasileiras. “Geralmente os problemas lá são parecidos com os nossos, mas eu acho que a Embrapa, com as comunidades que vem trabalhando, apresenta um elevado nível de tecnologia em relação a o que eles não mostraram agora e acho que o que nós precisamos preparar aqui em nossa região é uma melhor estrutura de mercado”.

Para o gerente da empresa paraguaia Shirosawa Co. SAIC, Pericles Velinotti, o objetivo da vinda a Embrapa foi buscar e trazer informações sobre a produção tecnológica e mercado do gergelim, afirmando que a cultura do gergelim no Paraguai apresenta muitos problemas fitosanitários, fazendo com que aquelas representações viessem ao Brasil em busca de alternativas tecnológicas para adotar na agricultura daquele país. “Acredito que muitas soluções podem sair daqui porque a Embrapa tem tradição em pesquisas há muito tempo trabalhando com essa cultura, então temos interesse em buscar informações e buscar soluções de problemas que são comuns tanto aqui no Estado da Paraíba como no Paraguai”, justifica, acrescentando que a empresa representada por ele tem forte tradição na compra e beneficiamento de gergelim e que tem interesse em discutir parcerias no mercado paraibano.

Nivaldo Belo Cavalcanti é gerente da empresa pernambucana Distribuidora de Produtos Naturais(DPN), participou do encontro e conversou com a equipe Stúdio Rural sobre o objetivo de sua participação. “Essa é uma oportunidade muito boa porque por estarem os paraguaios aqui e, foi algo novo já que não sabíamos o quanto eram produtores de gergelim e a nossa visita a Embrapa neste campo de excelência aqui em Campina Grande abre novos espaços e muitas esperanças no sentido da comercialização desse produto. No mundo todo as pessoas estão tendo uma preocupação com a alimentação natural, ou seja, se busca uma vida melhor, uma qualidade de vida e essa qualidade de vida é basicamente parte de nossa alimentação e neste ponto os produtores de amendoim aqui da Paraíba são considerados um dos melhores”.

O professor e engenheiro agrônomo da Universidade Nacional de Assunção no Paraguai, Líder Ayala Aguilera, disse que aquele país é forte produtor de gergelim na agricultura familiar e que a produção vem sendo atacada por elevado número de pragas o que fez com que viessem ao Brasil compartilhar das experiências da Embrapa neste segmento na tentativa de encontrar alternativas tecnológicas viáveis para ser utilizadas na agricultura daquele país. style=mso-spacerun: yes>  “O serviço de extensão agrícola é feito pela parte pública e parte privado, mas definitivamente o relacionamento com instituições de excelências como a Embrapa não tem sido implementado, não tem sido usado. Temos convênios do Ministério da Agricultura do Paraguai coma Embrapa, mas ainda não temos usado isso aí então nossa vinda aqui é exatamente para começar um relacionamento de intercâmbio e de tecnologias”, afirma Líder dizendo esperar uma visita breve de pesquisadores da Embrapa aquele país.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural