Rede água da ASA-PB realiza dois dias de oficina em recursos hídricos para mobilizadores de todo estado

Organizações de agricultores familiares agroecológicos da ASA-PB, Articulação no Semiárido Paraibano, estiveram representadas por agricultores de todas as microrregiões do Estado num encontro de dois dias, em Campina Grande, versando sobre recursos hídricos e segurança alimentar.

A oficina aconteceu durante os dias 17 e 18 deste mês, em Campina Grande, e se destinou a agricultores mobilizadores que têm a função de reproduzir esses conhecimentos em cursos e capacitações nas áreas camponesas de todo o estado através de programas apoiados por parceiras governamentais nacionais e cooperações internacionais.

José Camelo é assessor da AS-PTA e, ao participar do Programa Universo Rural do último dia 23, explicou que se tratou de uma oficina de formadores em práticas de manejo de recursos hídricos e que já houve uma etapa anterior onde foi organizado o processo de formação em três módulos de formação. Ele disse que a oficina discutiu o uso e o manejo dos recursos hídricos da casa e sobre a problemática de gênero; que o segundo momento de formação trata do uso e manejo da água para a produção ao redor de casa enquanto espaço bastante produtivo e que o terceiro momento busca entender o caminho das águas na propriedade e na bacia hidrográfica. “Dentro dessa temática a gente está fazendo uma reflexão sobre a segurança e soberania alimentar a partir do olhar do agro-ecossistema, quer dizer, analisando cada subsistema da propriedade, como é que ele está utilizando a água, como é que é a interação entre esses agroecosistemas, mas também fazer as famílias entender a importância das famílias interagir com o debate sobre bacia hidrográfica porque todas essas comunidades estão inseridas ou numa bacia hidrográfica maior ou num braço da bacia hidrográfica. Então a gente precisa levar esses conhecimentos para as famílias porque as práticas que as famílias estão fazendo na comunidade, ou seja, em sua propriedade, ela a ver também com a interação com os outros proprietários que estão inseridos na bacia, então é importante discutir esse papel pra que as famílias possam também está interagindo e cuidar mais da água das bacias hidrográficas”, explica Camelo.

José Dias é representante do Centro de Educação Popular e Formação Social(CEPFES), com sede em Teixeira, Médio Sertão, e, ao dialogar com Stúdio Rural, falou sobre a importância da capacitação destinada a um público jovem e diz que esses conhecimentos estarão sendo aplicados na construção e fortalecimento da agricultura agroecológica de todo o estado da Paraíba. “Eu acho que é um processo contínuo de construção, mas sem dúvidas houve varios avanços, e acho que o avanço é no sentido de que cada organização assim como família em cada região está começando a despertar que a ação é muito mais ampla do que se imaginava a dez, vinte anos atrás, ou seja, o problema não se resume numa propriedade ou noutra propriedade, ou na ação de uma organização, o problema style=mso-spacerun: yes>  está, muita das vezes, na bacia hidrográfica e é preciso ter uma visão sistêmica de tal modo que o conjunto dos agricultores e agricultoras que estão naquela bacia possam ter consciência de que a ação de uma pode interferir de forma positiva ou até negativa na ação do outro. Então é preciso construir essa visão de sustentabilidade de toda a bacia hidrográfica, mas toda essa compreensão que passa a se buscar hoje com mais facilidade com a própria integração das tecnologias sociais é fruto do processo”, explica Dias que participou do evento que contou com especialistas em recursos hídricos da Universidade Federal de Campina Grande, dentre outros.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Universo Rural

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