Reunião técnica discute controle de doença em coqueiros

O controle da resinose em coqueiros será o tema de uma reunião técnica que acontece nesta sexta-feira(27), na Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza – CE), doença mais preocupante hoje para a cultura do coco que é causada pelo fungo Thielaviopsis paradoxa e que provoca o declínio e morte das plantas, causando grande devastação nas palmeiras de um modo geral.

A informação é da assessora de comunicação da Embrapa Agroindústria Tropical, Verônica Maria Vasconcelos Freire, justificando que os primeiros focos da doença foram registrados em 2004 no Brasil e que desde então, tem se disseminado gradualmente, aumentando o numero de áreas com plantas infectadas.

Verônica informou que o estado do Ceará é o terceiro maior produtor de coco do Nordeste (235 milhões de frutos em 2008, de acordo com o IBGE) depois da Bahia e Sergipe e que a doença já foi registrada nos municípios de Paraipaba e Paracuru. “O pesquisador Fábio Miranda, da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza – CE), organizador da reunião técnica, alerta que a doença espalha-se, sobretudo, em áreas de coqueiros irrigados. Boa parte da produção no Ceará é irrigada”, relata Freire.

Ela informou que segundo a pesquisadora Joana Maria Santos Ferreira, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE), a situação é preocupante porque a resinose em estágio avançado ainda não tem cura, informando que o fungo sobrevive em restos de culturas espalhadas no solo, ataca o coqueiro sob estresse e age em ambiente úmido, causando podridão em tronco e raízes de diversas espécies de plantas. No caso das palmeiras, a doença é arrasadora.

Ainda segundo as informações daquela assessora, o fungo que causa a doença é um patógeno vascular e de solo que pode sobreviver por longos períodos na terra e em restos de cultura em decomposição. Atua tanto em ambientes úmidos quanto em ambientes secos e pode penetrar na planta através de ferimentos e das fissuras naturais de crescimento do estipe. “Os principais sintomas da doença são aparecimento de um líquido escuro com odor fermentado e manchas marrom ou avermelhada”.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

Compartilhe se gostou

Deixe seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos marcados como (obrigatório) devem ser preenchidos.

Newsletter

Através da nossa newsletter você ficar informado, o informativo do estudo rural já conta com mais de 20 mil inscritos, faça parte você também.

Back to Top