Universidades e ASA realizam semiárido sobre Projeto de Cisternas para o semiárido

Durante os dias 17 e 18 deste mês a UFCG, UEPB, UFPE, UFRPE, UFRN, Embrapa Semiárido e ASA Paraíba estiveram participando de um encontro discutindo um projeto sistematizado por essas universidades e Embrapa apresentando estudos sobre a qualidade da água em cisternas no semiárido e apresentando proposta, especialmente sobre como trabalhar ações que possam melhorar a qualidade da água colhida das chuvas e acumuladas nas cisternas que atualmente já se encontram espalhadas pelos Estados do Nordeste, especialmente na dinâmica utilizada pelas entidades de agricultores e agricultoras articuladas pela grande rede de entidades denominada de ASA Brasil, Articulação do Semiárido Brasileiro.

O encontro aconteceu no Hotel Village, no Bairro Catolé, em Campina Grande e teve como objetivo conhecer as condições atuais de manutenção e manejo de sistemas de captação de águas de chuva já instaladas e da qualidade das águas nelas armazenados em comunidades do semiárido com a finalidade de determinar condições adequadas de operação (captação, armazenamento e coleta), para obtenção e preservação de uma água de melhor qualidade destinada ao consumo humano, tendente a melhorar as condições de saúde da população beneficiada, diminuindo as doenças infecciosas de veiculação hídrica, hoje endêmicas nas regiões escolhidas.

Stúdio Rural participou do encontro e conversou com o professor da UFRN, Cícero Onofre de Andrade Neto, avaliando o evento e falando sobre o trabalho de pesquisas em que, segundo ele, é de fundamental por juntar dados técnicos de como se usar a água de cisternas que por si só já apresentam excelentes qualidade quando comparada ao produto açulado em açudes e barreiros, evidenciou o papel das entidades da sociedade civil na estruturação das pequenas propriedades com a construção das cisternas dentro do P1MC, cabendo agora as universidades o papel de apresentar dados capazes de qualificar melhor esses recursos hídricos. “A academia, a universidade tem o papel de trabalhar o conhecimento, levantar dados técnicos, fazer pesquisas etc., mas toda essa informação só será realmente útil se comparado nas políticas públicas que possam vir beneficiar a população, nada serve uma pesquisa que vá para a prateleira, é preciso que vire notícia e que seja aplicada e seja assimilado pelos gestores que nas políticas públicas”, discorre.

Já a coordenadora do encontro e componente do projeto cisternas, style=FONT-FAMILY: 10pt FONT-SIZE: UI?,?sans-serif?; ?Segoe>Beatriz S. O. de Ceballos, ao dialogar com a equipe Stúdio Rural, falou sobre a importância do encontro enquanto espaço de compartilhamento dos conhecimento tecnológicos pesquisados e ao mesmo tempo como espaço de planejamento das entidades parceiras na busca de mais parceiras para que as informações sejam aplicadas no dia a dia das famílias e chequem nos executivos para que executem nas políticas públicas. “Nós estamos num projeto que já leva dois anos de duração que busca oferecer produtos tecnológicos produzidos em nível de universidades para melhorar ainda mais a qualidade da água que se armazena nas cisternas”, relata Ceballos, evidenciando que as parceiras estarão dando fortes contribuições junto as entidades da ASA Articulação do Semiárido Brasileiro.

style=FONT-FAMILY: 10pt FONT-SIZE: UI?,?sans-serif?; ?Segoe>O representante da ASA Brasil e da AS-PTA no encontro, José Camelo, disse ter sido encontro de fundamental importância por trabalhar pesquisas entre universidades, Embrapa enquanto empresa de pesquisa e as entidades da ASA que acumulam larga experiência no processo de convivência no Semiárido brasileiro com ênfase para a estrutura hídrica integradas as outras ações estruturadoras. style=mso-spacerun: yes>  “Quero dizer que foi mito importante a apresentação da pesquisa conjunta entre entidades que traz elementos bastante importantes que dizem respeito a qualidade da água para o consumo humano, então eles fizeram uma pesquisa onde pegaram um conjunto de cisternas de placas que nós da Articulação do Semiárido estamos trabalhando e procuraram analisar a qualidade da água, seja as cisternas que são abastecidas apenas pela água de chuvas porque a gente que tem aquelas famílias bastantes cuidadosas que armazena água da chuva, cuida da cisterna e utiliza apenas para o uso do beber e cozinhar e a gente também sabe que tem aquelas que na medida que as prefeituras oferecem mais água pra elas, elas acabam gastando mais água porque tem acesso a outras águas e aí essas cisternas são abastecidas com carro pipa, acho que foi interessante porque embora todas as cisternas tenham apresentado problemas de coliformes, de bactérias, mas o índice maior desses problemas aparece exatamente nas cisternas que são abastecidas por carro pipa”, avalia Camelo dizendo da importância do acompanhamento por parte das entidades de agricultores na construção do uso desses novos mecanismos.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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