Casa da Mulher capacita agricultoras em práticas produtivas no Pajeú pernambucano

A Casa da Mulher do Nordeste realizou nestas últimas semanas um curso sobre boas práticas para a produção de produtos da agricultura familiar agroecológica.

A informação é da assessora de comunicação daquela instituição, Emanuela Marinho de Castro, explicando que a ação aconteceu por meio de plataforma virtual onde as agricultoras participaram dos encontros que envolveram quatro grupos produtivos dos municípios de São José do Egito, Flores e Mirandiba, incluindo uma comunidade quilombola. “Todos os grupos são de mulheres que são acompanhadas pela CMN, por meio do Projeto Mulheres Construindo Tecnologias e Gerando Renda no Sertão do Pajeú, que tem o apoio da Fundação Banco do Brasil e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES”, explica Marinho ao contatar com Stúdio Rural, acrescentando que as oficinas foram distribuídas nas etapas: boas práticas de fabricação dos alimentos, conformidades e padronização, relação do perigo e o uso de equipamentos de proteção individual, processamento dos alimentos, com destaque para classificação, fabricação e conservação, e para finalizar sobre a certificação sanitária, das leis e das políticas de segurança alimentar.

Ela explicou que as capacitações atenderam as necessidades dos grupos, a exemplo do Mulheres Guerreiras de Posse, que não sabiam como garantir maior segurança dos produtos, citando a experiência exitosa da agricultora e quilombola da comunidade Feijão e Posse, do município de Mirandiba, Maria Tatiane Gomes, que relata satisfação. “As aulas estão sendo bem produtivas, cada uma é mais um aprendizado. Como foi em uma das aulas em que aprendemos o uso correto de higiene das embalagens para evitar que os doces estraguem rápido, entre tantas outras informações importantes”.

Manuela explicou que ‘para a facilitadora Márcia Medeiros, profissional da área de economia doméstica, as oficinas de Boas Práticas com as mulheres estão proporcionando momentos de trocas e os grupos reagem de maneira positiva e participativa. Na metodologia, as mulheres aprenderam sobre os perigos da produção, como corrigir e buscar soluções, explica Manuela Castro. “São mulheres que já tem uma vasta experiência no ramo, mas perceberam que cada pessoa tem seu método, e esse precisa ser padronizado. Adotar boas práticas já é uma ferramenta do sistema de qualidade e que contribui muito para manter os perigos sob controle.”, disse. Além disso, conversaram sobre regulamentação, selo da certificação, procedimento operacional padronizado, ou seja, a padronização das receitas com a ficha técnica.

“As boas práticas que aprendemos leva a gente a subir mais um degrau na nossa produção. A gente já produz, mas não tínhamos conhecimento do que era rotulagem, por exemplo. Outro ponto importante foram as novas receitas que aprendemos junto com a ficha técnica para melhorar nossa produção. Esse projeto só tem a fortalecer as comunidades, e o nosso coletivo teve esse privilégio de ser contemplado. Só temos a agradecer esse apoio da Casa da Mulher do Nordeste pela orientação que está dando para alcançar nossos sonhos”, contou Joselma Vasconcelos, agricultora e produtora do Grupo de Mulheres Guerreiras de Fortuna, do município de São José do Egito.

Aquela assessora explicou que o curso também proporcionou material audiovisual com receitas, desafios práticos por meio digital com perguntas sobre o que foi discutido nos encontros. E no final as mulheres ganharam uma apostila com todo o conteúdo para consultar quando necessário.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural / CMN

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