Curso sobre produção agroecológica do algodão reúne técnicos da PB, RN, PE e CE em Lagoa Seca

Técnicos de organizações parceiras, pesquisadores da Embrapa e agricultores envolvidos no projeto de produção de algodão agroecológico na Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco estiveram reunidos durante na última quinta e sexta-feira(12 e 13/02) no Centro de Eventos Maristas para continuar estudos no modelo de produção da cultura em convivência com o bicudo, praga responsável pela queda radical da cultura nos anos 1980.

Stúdio Rural conversou com a pesquisadora da Embrapa, Nair Helena Arriel, que fala sobre o conteúdo repassado aos empreendedores presentes e que estarão responsáveis pelo desenvolvimento do projeto que tem financiamento da Petrobrás através do Projeto Dom Helder Camara. “Esse é o quinto módulo que estamos chamando de formação de técnicos e agricultores quanto a comercialização do algodão e o objetivo principal é ampliar a discussão sobre a comercialização do algodão produzido, levantando os detalhes da produção, do beneficiamento, da comercialização, da qualidade da pluma conforme observado durante os debates entre os agricultores e as pessoas envolvidas nesta cadeia do algodão”, relata Nair, lembrando que a cada dia os segmentos interessados estão mais integrados no processo desde a produção até a comercialização do algodão agroecológico onde as famílias agricultoras sugerem as melhores tecnologias a serem aplicadas no processo o que, segundo ela, tem feito com que haja um processo de confiança entre quem produz, quem pesquisa e quem comercializa o produto da cotonicultura agroecológica.

A pesquisadora lembrou que na cadeia um processo que chama a atenção é o fato de que todo o produto já e vendido com a agregação de valores que vai desde a questão econômica ao socioambiental e evidenciou o papel da Embrapa no processo produtivo que tem aperfeiçoado as tecnologias em parceria com as famílias agricultores e as entidades parceiras. Nair disse que outras etapas virão no sentido de que técnicos e agricultores possam agregar valor de conhecimento no sistema produtivo do algodão integrado a outras culturas.

Para a representante da Coopervida da cidade de Mossoró-RN, Maria do Socorro Diniz, o encontro tem papel positivo visto que a iniciativa vem fortalecer a vida nos assentamentos que buscam a retomada do algodão num sistema sustentável e encontra como resposta a agroecologia.

Para o presidente da ADEC, Associação de Desenvolvimento Educacional e Cultural da cidade cearense de Tauá, Manoel Siqueira de Melo, Lino, o encontro serviu para que os participantes possam ter uma idéia clara do que vem sendo feito pelas entidades de agricultores e agricultoras agroecológicos que buscam a retomada da cultura em toda a região semiárida brasileira. Ele garantiu que veio pra falar sobre as experiências produtivas desenvolvidas ao longo de 16 anos de experiências em Tauá e região. “Como está se começando um novo projeto de consórcio agroecológico, principalmente aqui na Paraíba, então fui chamado pra falar sobre nossa experiência já que estamos há 16 anos produzindo e comercializando, então vim pra falar sobre a questão da organização, produção e comercialização”, argumenta.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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