Gerente da Transferência de Tecnologia afirma que produção de sementes em 2009 poderá ser na PB

“Assim como os produtores rurais aqui de Barra de São Miguel que tiveram dificuldades de ir buscar essas sementes lá em Pernambuco, em Petrolina, eu acho que o Ministério do Desenvolvimento Agrário junto com os Territórios devem abrir, urgentemente, em conjunto com a Embrapa, evidentemente, uma discussão sobre a possibilidade de produção dessa semente aqui no Estado da Paraíba, porque isso reforçaria nosso Estado, a gente tem condições de produzir essas sementes aqui no Estado, eu tive contato já com a direção da Embrapa em Brasília e eles estão discutindo essa questão agora neste mês de fevereiro e março e esperamos que haja um planejamento aqui na Paraíba em torno dessa discussão para que a gente possa está com muita antecedência já preparando os campos de produção aqui do Estado da Paraíba”.

A afirmativa é do gerente de negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia escritório de Campina Grande, Lenildo Dias Morais(foto), após constantes apelos feitos pelas lideranças dos territórios beneficiados no Programa Nacional de Sementes do Governo Federal, que, em constantes entrevistas ao Stúdio Rural, falam sobre os prejuízos alcançados no Estado da Paraíba com a produção das sementes em Petrolina no Sertão de Pernambuco. Em diversas plenárias onde se discutiu a semente do governo federal, as lideranças componentes dos Fóruns dizem que na safra de 2010 a produção terá que ser desenvolvida no interior paraibano, gerando, com isso, emprego e renda na base rural paraibana.

Ele informou que o Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA) faz um convênio de produção para aquele ministério e por sua vez o MDA repassa a semente produzida pela Embrapa para os territórios numa contrapartida dos municípios. “É recurso do governo federal na verdade, o Ministério do Desenvolvimento Agrário é um órgão do governo federal, a Embrapa também é um órgão do governo federal, são autônomos, são independentes mas existe um convênio entre órgãos diferentes, então a Embrapa Transferência de Tecnologias que é o órgão responsável pela produção da Embrapa é uma unidade que comercializa sementes e na realidade essa semente é comercializada para o MDA, vendida para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e este repassa a fundo perdido para os municípios que fazem parte dos territórios distribuírem para os agricultores familiares destes municípios”, explica Dias Morais.

Ele informou que o aumento no número de pessoas e territórios dependerá do que seja definido em discussões entre as lideranças territoriais com o MDA que em seguida anuncia a demanda a Embrapa e essa executa em campos produtivos e acrescentou que existe um prazo limite máximo para que a Embrapa Transferência de Tecnologias aceite as demandas de seus clientes, prazo que permita a execução do projeto produtivo. “Nós agora até março estaremos fechando o planejamento dos locais onde nós vamos produzir sementes aqui no Estado da Paraíba, no Nordeste como um todo, então é muito importante que essa discussão dentro do Ministério do Desenvolvimento Agrário e dos territórios ocorra até o final de março, para que a gente possa ter tempo de estruturar no campo essa produção de sementes aqui no Estado da Paraíba”, enfatizou e disse que a variedade as lideranças é que definem nas discussões. “Com certeza. Que tipo e variedade os produtores querem a gente está aberto, a gente tem tecnologia disponível para o Nordeste todo ou para o estado todo, então quem define são as comunidades, são os gestores municipais, o próprio MDA, o governo do estado e ou enfim, quem participar da discussão e quiser discutir conosco qual a tecnologia quer para o estado”.

Perguntado sobre a possibilidade de se reproduzir variedades de tradição da agricultura familiar, Dias disse ser perfeitamente possível trabalhar qualquer variedade a exemplo das sementes da paixão das famílias agricultores vinculadas aos movimentos organizados já que se trata de um produto genético da confiança desses agricultores locais. “Se é uma variedade, uma cultivar, uma tecnologia disponível no sistema Embrapa, certamente será apresentada, obviamente a gente tem todo um cuidado de mostrar para os produtores a viabilidade econômica, a viabilidade de produtividade também de determinadas culturas para que o produtor não seja enganado e neste caso não tem problemas porque o agricultor já conhece a realidade e sabe que tipo de cultura, que tipo de agricultura ele quer pra sua região”, complementa aquele gerente reafirmando que a Embrapa em Campina Grande está aberta para discutir o melhor programa que contribua na construção de uma melhor agricultura familiar regional.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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