Pesquisador da EMEPA seleciona e multiplica palma doce resistente a Cochonilha do Carmim

Uma palma com resistência a Cochonilha do Carmim e que possa ser uma alternativa para os pecuaristas da região do Cariri Ocidental que já vem sofrendo um forte impacto negativo em razão do estrago causado pela praga nos palmais daquela microrregião.

Essa é a meta buscada pelo pesquisador da EMEPA, Empresa Paraibana de Pesquisas Agropecuárias, Edson Batista Lopes(foto), que desde setembro de 2008 vem fazendo um trabalho de observação e multiplicação de raquetes na região de Monteiro a partir de 10 unidades da variedade Palmepa PB1 que estão instaladas nas cidades de São Sebastião de Umbuzeiro, Zabelê, Monteiro, Sumé, Prata, Ouro Velho dentre outras. “Já conseguimos instalar dez unidades de multiplicação dessa variedade resistente ‘Palmepa PB1’ que é um material selecionado num local de alta infestação de Cochonilha, a Cochonilha não se desenvolve neste material e em condições de campo a gente tem expectativa que ela vá daqui a dois ou três anos já que tem que esperar que as palmas cresçam pra poder vê o efeito e a gente tem certeza que esse material é resistente á nível de laboratório, enquanto que em campo está se mostrando como resistente”, explica Batista Lopes, acrescentando que o trabalho já está sendo feito até o município de Matureia e Serra do Teixeira.

Ele informou que o material está sendo exposto em plantios em áreas críticas pelo ataque da praga objetivando ser alternativa a Palma Gigante tradicionalmente plantada em toda a região e que tornou-se inviável em razão das proporções do ataque da praga, especialmente, porque a prática de possíveis controles requerem muita água a ser utilizada na mistura com detergente dentre outros produtos. “A gente tem feito divulgação de controle com detergente, sabão em pó, mas para o agricultor como o problema sério é a água ele não tem água disponível pra na época seca ele pulverizar sua palma porque o consumo de água realmente é mais pra consumo humano e animal”.

Ele explicou se tratar de uma palma doce com tamanho agigantado, excelente capacidade produtiva, rico em nutrientes, de boa aceitação por parte dos animais e que com a chegada do período quente os resultados serão equalizados no período mais apropriado e em seguida será publicado para que os produtores já possam iniciar ações práticas em suas propriedades.

Lopes informou que o trabalho está sendo feito numa parceria da Embrapa, EMEPA, CNPQ, Emater, prefeituras municipais, conselhos municipais e acredita que pelas parcerias existentes o trabalho terá poder de multiplicação na hora exata fazendo com que a tecnologia possa chegar aos campos produtivos e somar com as tecnologias já adotadas a exemplo da prática de plantio do sorgo e capim que são transformados em silos e fenação por inúmeros proprietários rurais. “A gente tem em mente que essas parcerias são muito salutar porque ela vai atender justamente ao pequeno produtor, aquele agricultor familiar que á a base de nosso trabalho, trabalho que tem efeito multiplicador.  Cada produtor vai receber mil raquetes, no próximo ele vai ter que repassar essas raquetes para mais cinco pessoas, essas cinco pessoas que receberem também têm a obrigação de repassar para mais cinco e assim a gente vai difundindo o material em alta escala”, relata Lopes, lembrando que agricultores interessados no processo devem procurar a Emepa, Embrapa, Emater ou entidades parceiras.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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