Representações do Pólo da Borborema avaliam marcha pela vida da mulher e do meio ambiente

Mulheres agricultoras de municípios diversos do Compartimento da Borborema participaram da macha pela vida das mulheres e pelo meio ambiente em evento que aconteceu na última sexta-feira(18/03) e contou com agricultoras familiares de municípios que compõe o Pólo da Borborema Brejo, Agreste e Curimataú além de representações de entidades de outras microrregiões paraibanas.

Domingo Rural conversou com a representante do Pólo e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, Maria Anunciada Flor Barbosa Morais que falou sobre a importância do evento enquanto espaço expositivo das conquistas femininas no campo e enquanto modelo inspirador para a cidade. “As mulheres não só de Queimadas como em toda a região do Pólo têm tido um grande avanço nos seus trabalhos na agricultura familiar, nós sabemos que a mulher tem um grande papel na construção da agricultura familiar agroecológica seja do ponto de vista das sementes, no resgate e armazenamento das sementes, ao arredor de casa em sua organização porque temos a mulher que cuida muito desse espaço, são elas que são responsáveis pela água, pelas hortaliças, pelas pequenas criações, pelas plantas medicinais e então é a partir desse trabalho que nós estamos enfrentando aqui na região do Pólo da Borborema mobilizando mulheres que estão passando por cursos de formação onde elas estão superando dificuldades e estão imitando seu trabalho na comunidade, também estão sendo animadoras lá na base tendo oportunidade de dar suas opiniões, de debater, de discutir e dizer o que elas realmente querem para melhorar sua qualidade de vida”, explica afirmando que aquele município já tem aglomerado de ações que servem de referências para os municípios de toda a região. “Com certeza nós já estamos percebendo a diferença, já vimos a satisfação das famílias quando elas são beneficiadas e quando elas fazem o objetivo acontecer. Nós temos em nosso município hoje 760 cisternas de água de beber a cisterna do P1MC, nós temos 27 cisternas calçadão onde muitas famílias já estão produzindo suas hortaliças que outrora não produziam porque não tinham aquela água reserva especialmente para essas pequenas produções ao redor de casa e também nós temos muitas mulheres aí envolvidas no acesso aos mercados, umas trabalham com sementes, com trabalho de arborização e assim por diante”.

José Camelo é assessor técnico da AS-PTA e disse que o evento cumpriu o objetivo já que as mulheres de todos os municípios atenderam ao chamado e no evento trocaram suas experiências e publicaram o modelo de mulher livre que almejam para a construção de vida de igualdade e solidariedade com mulheres e homens tendo os mesmos direitos. “Olhando assim para a peça a gente acha até que é meio exagerado, que é coisa que não existe, mas quando a gente conversa com algumas famílias, com algumas mulheres a gente percebe que aonda acontecem coisas dessa natureza na família e a gente precisa olhar pra isso, acho que não só as mulheres, mas nós homens precisamos olhar pra esse tipo de violência que é causado nas famílias, sobretudo pelos homens pra que a gente aos poucos vá se convencendo de que a gente precisa mudar. Não é possível mais a gente enquanto homens achar que a gente precisa reproduzir essas espécies de violência porque a gente foi ensinado assim, eu acho que a gente precisa perceber que nós tivemos uma formação dentro da família de violência, de ver os pais com esse comportamento de machismo, mas a gente teve a oportunidade a outros processos de formação que nos leva a pensar diferente, então acho que nós homens hoje precisamos mudar esse comportamento, mudar essa forma de enxergar as coisas”, explica Camelo ao dialogar com Stúdio Rural, afirmando que o evento teve esse papel de fazer com que uma nova leitura da realidade seja feita a partir do modelo em que se está vivendo.

Fonte : Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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